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Conselho Regional de Medicina e MP abrem sindicância para apurar erro médico no Trauma de CG

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) determinou a abertura de sindicância para apurar o caso da menina de 6 anos que foi vítima de um erro na condução de cirurgia ortopédica no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes em Campina Grande.

O presidente da entidade, Bruno Leandro de Sousa, informou que está acompanhando o caso. Ele disse que a perna correta foi operada, mas admite que o caso provoca traumas e sequelas graves.

Ele lembrou também que o problema aconteceu justamente durante o “Abril Verde”, que é o mês da segurança do paciente. A campanha busca conscientizar as equipes de saúde sobre as boas práticas médicas. Ele destacou que o caso serve de alerta para a importância de um trabalho de prevenção e educação constante das equipes de saúde.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também abriu uma investigação sobre o erro médico. O caso está sendo acompanhado pela promotora de Justiça Adriana Amorim de Lacerda, que atua na área de defesa dos direitos da saúde, em Campina Grande.

“Diante da gravidade do que foi noticiado, instauramos a Notícia de Fato para requerer que a administração do hospital se manifeste sobre o atendimento e sobre as normas de segurança que devem ser adotadas para todos os pacientes da unidade, justamente para evitar erros dessa natureza. Vamos acompanhar e tomar as providências necessárias”, afirmou.

A Polícia Civil também vai investigar o caso. A delegada de Repressão da Infância e Juventude, Renata Dias, afirmou que vai instaurar procedimento para apurar o que aconteceu. Ela também afirmou que serão ouvidos familiares da vítima, testemunhas e todos os profissionais envolvidos no procedimento cirúrgico.

A equipe do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande operou a perna errada de uma menina de seis anos na noite do dia 25 de abril. A menina foi internada na unidade hospitalar para tratar uma celulite infecciosa e fez a cirurgia para retirar uma bactéria na perna esquerda, mas operaram a perna direita.


A mãe percebeu o erro quando a filha retornou do centro cirúrgico para a enfermaria. Ela conta que quando notaram que a perna errada foi operada, a equipe retornou com a criança para o bloco cirúrgico e fizeram a operação na perna correta.
De acordo com a família, a criança começou a sentir dores nas pernas após cair de bicicleta. A criança apresentava um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda e precisava passar por uma cirurgia invasiva para colocar pinos no local.

O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande afastou toda a equipe e determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso.

“Abriram a perna esquerda da minha filha, colocaram um fixador externo, depois retiraram e fizeram a limpeza na outra perna. Ela dormiu a noite toda, acordou hoje cedo sem dor, mas perguntou porque a perna boa dela estava enfaixada. Eu respondi que foi preciso limpar e colocar na outra perna. Ainda vou procurar uma psicóloga para conversar com ela”, informou.

O diretor técnico do hospital, o médico Flávio Daniel, explicou que as investigações serão acompanhadas pelo Núcleo de Segurança do Paciente e pela Comissão de Ética Médica da instituição e que dará a assistência necessária à criança e aos seus familiares até o momento da alta hospitalar.

PB Agora

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