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Cendor: cerca de 150 pacientes por dia com dores crônicas

 “Quando eu cheguei aqui eu nem andava, não podia fazer nada. Vivia à base de medicamentos e sentia fortes dores. Agora estou podendo voltar as minhas atividades”, contou a artesã Roselaide Félix. Esse é o relato mais comum ouvido no Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor (Cendor), localizado no bairro de Mangabeira, na Capital. O local realiza uma média de 150 atendimentos por dia.

 

Os tratamentos oferecidos são fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, RPG, pilates, psicoterapia, quiropraxia e osteopatia. Todos os serviços são oferecidos pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Saúde (SMS). Com investimento de R$ 1,3 milhão, o Cendor é especializado em oferecer serviço aos pacientes com dor crônica. O equipamento é composto por uma equipe de 29 profissionais, entre médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos e auxiliares administrativos.

 

De acordo com a coordenadora do Centor, Mônica Cordeiro, para ter acesso aos tratamentos oferecidos no local o paciente precisa ser encaminhado por uma Unidade de Saúde da Família (USF). “Ao chegar no Cendor, ele é atendido por um médico especialista em dor, é solicitado os exames e em seguida ele é encaminhado para o tratamento adequado. Nosso objetivo é oferecer qualidade de vida através da saúde para essas pessoas”, explicou.

 

Na hidroterapia, o paciente pratica atividades em uma piscina terapêutica, aquecida por um sistema de aquecimento solar. O fisioterapeuta Fernando Carvalho explicou que “o calor da água proporciona o alívio da dor e de espasmos musculares, manutenção ou aumento da amplitude de movimento articular, fortalecimento muscular e treino de resistência, reeducação dos músculos paralisados, melhora na circulação e diminuição de edemas, manutenção e melhora do equilíbrio, postura e coordenação”.

 

A professora polivalente já aposentada, Maria de Lurdes Ferreira, 64 anos, confirma os benefícios. “Eu sentia muitas dores nos joelhos. Cheguei a ficar um mês sem andar. Graças as atividades praticadas aqui, hoje já consigo até caminhar”, contou. Ela foi diagnosticada com artrose, mas garante que com o tratamento de hidroterapia, o quadro da doença tem regredido.

 

Assim como ela, a paciente Lúcia de Fátima Fernandes, colhe os benefícios da acupuntura e fisioterapia. “Isso aqui é uma benção. Estou uma maravilha. Todos os profissionais são carinhosos e atenciosos conosco. Agradeço primeiramente a Deus e depois a prefeitura por estar fazendo esses tratamentos sem precisar pagar nada”, disse.

 

Já o mecânico Misael José de Pontes, que esta afastado do trabalho há mais de 1 ano, enxerga na fisioterapia convencional a esperança de voltar a trabalhar. Enquanto aguarda uma cirurgia para colocar uma prótese no quadril, ele faz duas vezes por semana o tratamento no Cendor. “Faz apenas 15 dias que comecei a fisioterapia, mas já sinto que as dores estão diminuindo. Sei que ainda vai ser preciso fazer a cirurgia, mas tenho esperança que até lá já vou estar bem melhor e quem sabe adiar mais um pouco a cirurgia”, relatou.

 

Serviços – O projeto oferece atendimento com uma equipe multidisciplinar, formada por neurocirurgião, ortopedista, acupunturista, reumatologista, anestesiologista, quiropraxista, psicoterapeuta especializado em dor e enfermeiro. As especialidades são quiropraxia, pilates, RPG, osteopatia e fisioterapia.

 

Como funciona – O Centro de Reabilitação e Tratamento da Dor funciona como serviço regulador, ou seja, o paciente deve primeiro procurar uma Unidade de Saúde da Família (USF) para ser encaminhado pelo profissional responsável, de acordo com o diagnóstico.

 

Iniciativa – A iniciativa para a existência de um espaço voltado a pacientes de dor aconteceu em 2010, no Ambulatório da Dor, no Complexo Hospitalar Tarcísio Burity. O projeto, que começou com dois profissionais, hoje já conta com 29 especialistas.

 

PMJP

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