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Açudes da PB acumulam organismos prejudiciais à saúde

Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estão desenvolvendo estudos de monitoramento nos 20 maiores reservatórios de água do Estado e constataram que o estágio de contaminação dos mananciais tem crescido nos últimos anos com maior rapidez, devido a um processo de eutrofização artificial, que é a proliferação de microorganismos nocivos à saúde. A pesquisa vem sendo desenvolvida há dez anos e revelou que 16 açudes acumulam organismos tóxicos.

O professor José Etham de Lucena Barbosa, do Departamento de Biologia da UEPB, que é um dos coordenadores da pesquisa, explicou que o estudo foi feito em água bruta e o material da maioria dos mananciais apresentou níveis elevados de toxinas na água, o que torna o reservatório potencialmente prejudicial.

Em três açudes, Acauã, Camalaú e Cordeiros, os testes foram realizados também em peixes e ficou constatado toxina nas tilápias cultivadas nos mananciais. Ainda não foi pesquisado o risco em organismos humanos, mas ele pode existir, segundo explicou o professor Etham Barbosa. “É possível que essas substâncias passem para aquelas pessoas que consumam esse alimento”, alertou.

A acumulação dos resídios e aceleração do processo de envelhecimento dos corpos aquáticos se dá basicamente, conforme explicou o professor, pelo despejo de esgotos de residências e indústrias nesses reservatórios e também de dejetos agropastoril e agrícolas, como agrotóxicos e fertilizantes.

Segundo o professor, o estudo é uma forma de alertar as autoridades para que providências sejam tomadas no sentido de evitar uma presença cada vez mais concentrada desses organismos. Apesar da maioria dos mananciais apresentarem um nível potencialmente tóxico, o açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que abastece toda a região de Campina Grande, não apresentou ainda níveis elevados de substâncias tóxicas.
 

 

 

 

Jornal da Paraíba

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