Veneziano ignora críticas de Nilvan sobre voto a favor de Dino: “Não me permito perder segundos”

O senaor Veneziano Vital do Rêgo (MDB), durante entrevista nesta sexta-feira (15), reagiu com indiferença às críticas do pré-candidato à prefeitura de João Pessoa, Nilvan Ferreira, sobre seu voto favorável à indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que não se permitirá sequer  “perder segundos” para responder a críticas provenientes de alguém com passado no Partido Comunista.

Veneziano destacou que, independentemente das críticas, o debate em torno das indicações para o STF permanecerá enquanto a Constituição Federal garantir ao presidente da República a prerrogativa de escolher os indicados. Ele comparou a situação atual com casos passados, citando as nomeações de Gilmar Mendes por Fernando Henrique Cardoso e de Marco Aurélio por Fernando Collor, onde havia relações de confiança e até familiares entre os indicados e os presidentes.

“Partindo da parte de quem vem, de alguém que foi comunista, não vou nem falar, não me permito perder segundos, e já estou perdendo, para tecer comentários a respeito disso. Mas enquanto for dada a prerrogativa ao presidente, seja ele quem for, esse debate vai continuar permanentemente. Os dois indicados por Bolsonaro tinham relação de confiança e quase que familiar com ele, assim se deu quando FHC indicou Gilmar Mendes que foi seu advogado, assim se deu quando Collor escolheu Marco Aurélio. Não há como dizer que o presidente vai colocar um adversário”, alertou.

O senador ressaltou que a única solução para a questão seria uma mudança na Constituição Federal. Veneziano afirmou: “Só se resolve quando a CF for mudada.”

Vale lembrar que Nilvan Ferreira, pré-candidato à prefeitura de João Pessoa e atualmente filiado ao PL, teve uma trajetória partidária que inclui passagens pelo PCdoB, MDB e PTB. O histórico comunista de Nilvan foi mencionado por Veneziano ao desconsiderar as críticas do pré-candidato.

As declarações repercutiram em entrevista ao programa Arapuan Verdade.

PB Agora