Categorias: Política

TV PB Agora entrevista o cientista político Ricardo Sérvulo

PUBLICIDADE

A TV PB Agora realizou nesta semana entrevista com o doutor em Direito Eleitoral Ricardo Sérvulo. Ele também é advogado, professor de graduação e pós-graduação em Ciência Política e Direito Constitucional.

O advogado comentou a respeito dos principais assuntos que abrangem o processo eleitoral de 2018, além do atual momento político do país e do comportamento da classe política brasileira.

Democracia, criminalização da política e a Lei da Ficha Limpa foram alguns dos temas debatidos pela TV PB Agora com o cientista político.

Sérvulo chamou atenção para o momento atual de criminalização da política. Segundo ele, parte da elite política não tem correspondido com os anseios da população e momento é de extrema preocupação.

Vejo como um retrocesso e mais do que um retrocesso, antes de qualquer coisa um perigo. A vida ela é regida por leis sábias a política é um fenômeno humano então ela é oriunda de um sentimento e de uma necessidade. Ao mesmo tempo ela é uma viabilização da vida em sociedade e por assim ser ela é um instrumento através do qual você tornam as políticas a serem adotadas como o processo de fazer leis para tornar o ambiente mais ameno ara que as engrenagem sociais funcionem sem atrito através da política. Então você imaginar que criminalizar a política você vai resolver alguma coisa é uma atitude pouco inteligente, é um desserviço a ideia republicana e antes de qualquer coisa um perigo porque quando você criminaliza a política você autoriza a instalação de processos autoritários destacou.

Nascida de um projeto para atender o anseio popular por mais transparência na política, a Lei da Ficha Limpa, de acordo com o nosso entrevistado, ganha legitimidade como sendo a principal forma de alertar a população sobre os candidatos a cargos eletivos.

Ela não cria nenhuma espécie de pena ela só cria uma condição de elegibilidade, ou seja, quem poderá ser candidato e quem não esteja dentro das previsões. Ela promove um ambiente mais transparente, mais probo dentro da prática política e só vem engrandecer todo o cenário nacional isso vai aos poucos produzindo efeitos, não só nas eleições de 18 mas a partir das eleições 14, em 2010 já foi ventilada mas começa a ter os efeitos práticos e jurídicos a partir de 2012 explicou.

O doutor Ricardo Sérvulo também comentou sobre o processo de consolidação da democracia brasileira. Para o professor de pós-graduação em ciência política, historicamente, a forma como foi implantada a democracia no Brasil deixou o país pesado economicamente e com muitos gastos.

Nos temos essa visão de um Estado muito grande, um Estado que é pesado, obeso, que gasta muito, que é irresponsável no ponto de vista de controles e da responsividade com relação a população que é quem o empaca a razão de ser do Estado é a sociedade. A democracia brasileira aos poucos está procurando os seus nortes e o que identifica a essência republicana e a convivência e a prática democrática, é natural que isso leve tempo em virtude das condições sócio, jurídico, políticas e constitucionais sobre as quais o Estado brasileiro foi formado. Então a democracia está se consolidando, ainda não se consolidou, as pessoas precisam tomar parte desse processo principalmente para entenderem que elas são as protagonistas, no linguajar futebolísticos a sociedade sim que é a dona da bola pois é ela que paga imposto e é ela que sustenta o Estado, as autoridades e a essência de poder e governança instalados aqui no Brasil ressaltou Ricardo Sérvulo.

A quantidade de partidos existentes atualmente no país também foi tema da nossa entrevista. Para as eleições de 2018, 35 partidos estão aptos a participar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. Para Ricardo Sérvulo, o que existe no Brasil é um proliferação de legendas.

Acontece um descontrole das siglas partidárias existe a promiscuidade do ponto de vista da exploração das chamadas legendas de aluguel, partidos que não tem a menor razão de existir, não tem o menor compromisso com a sociedade, não tem a ínfima possibilidade de ter responsabilidade com a sociedade e com a coisa pública mas existem em torno d esi mesmo e de interesses umbilicais e uterinos, endointeresses até para exploração de tempo de guia eleitoral que nada ajuda à sociedade, pelo contrário. Eu acho que a gente precisa repensar a democracia sendo maturada, a clausula de barreira que vai começar a valer a partir das próximas eleições eu acho que é interessante e você vai ter uma quantidade mínima de voto para continuar existindo sob pena de ser extinto então eu acho que vai ser uma filtragem e ganha a democracia brasileira e as futuras gerações brasileiras concluiu.

Confira a primeira parte da entrevista com Ricardo Sérvulo, apresentada pela jornalista Thatiane Sonally na TV PB Agora:

 

 

 

PB Agora

 

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Trens urbanos de João Pessoa não irão circular no feriado do Dia do Trabalhador

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de João Pessoa divulgou um comunicado nesta segunda-feira…

29 de abril de 2024

Vice-governador Lucas Ribeiro avalia distanciamento entre Bruno e Romero em CG e sentencia: “Acho difícil uma aproximação”

O vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro (PP), avaliou nesta segunda-feira (29) a relação entre o…

29 de abril de 2024

Operação da Polícia Civil no Cariri prende quatro suspeitos e apreende armas e munições

Uma ação conjunta da Polícia Civil da Paraíba, com equipes da Delegacia de São João…

29 de abril de 2024

Caminhão tomba e motorista fica ferido, na BR-230 em Campina Grande

Um acidente envolvendo um caminhão deixou o motorista ferido e parcialmente interditou a BR-230, em…

29 de abril de 2024

Procon de Campina Grande apreende mais de 75 produtos vencidos em mercadinho no bairro das Cidades

Mais de 75 produtos alimentícios com data de validade vencida foram retirados pelo Procon de…

29 de abril de 2024

Casa de shows em João Pessoa é interditada pelos Bombeiros após desabamento durante festa

Uma casa de shows localizada no bairro do Portal do Sol, em João Pessoa, foi…

29 de abril de 2024