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Três lições da condenação de Bolsonaro

Bolsonaro foi, finalmente, condenado por seu carrasco Alexandre de Moraes. O rito do processo que levou à condenação sempre estará sob suspeição. Há problemas processuais extremamente graves. Ainda assim, três lições do roteiro político de Bolsonaro podem ser aprendidas:

Em primeiro lugar, apesar de ter assumido um governo com forte apoio popular, faltou a Bolsonaro um mínimo de prudência, sensatez e moderação. A pandemia revelou um líder político completamente inábil diante de um quadro calamitoso. De falas imorais à politização das vacinas, Bolsonaro se perdeu.

Em segundo lugar, Bolsonaro não teve sabedoria para administrar, em quatro anos, uma atuação estratégica diante da forte oposição da mídia e do STF. Bolsonaro radicalizou e, ao mesmo tempo em que falava de jogar nas quatro linhas da Constituição, fazia discursos e promessas inflamadas para as massas tensionando as instituições.

Em terceiro lugar, Bolsonaro é um fenômeno político de notável apoio popular. Mas que legado construtivo deixou? O que o governo Bolsonaro construiu positivamente para a educação, cultura, ciência? Que contribuição estrutural deixou para o bem comum?

Bolsonaro acordou a direita, como também a envenenou com posturas imprudentes. O Brasil não precisa de populismo e messias políticos. O Brasil precisa de líderes minimamente virtuosos, competentes na gestão e orientados pelo bem comum. E a direita precisa se repaginar e desenvolver virtudes cívicas longe de radicalismos.


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