Categorias: Política

STF decidirá se Justiça Eleitoral pode julgar crimes da Lava Jato

PUBLICIDADE

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir, no dia 13 de março, sobre a competência da Justiça Eleitoral para conduzir inquéritos contra investigados na Operação Lava Jato. Na ocasião, a Corte vai definir se a competência para julgar crimes comuns conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral ou Federal. 

De acordo com procuradores da força-tarefa do Ministério Púbico Federal (MPF), o julgamento poderá ter efeito nas investigações e nos processos que estão em andamento nos desdobramentos da operação, que ocorrem em São Paulo e no Rio de Janeiro, além do Paraná. A punição prevista para crimes eleitorais é mais branda em relação aos crimes comuns.

Para a Lava Jato, um eventual resultado negativo para o MPF poderá "acabar com as investigações”. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, o julgamento afetará o futuro dos processos da operação.

O plenário da Corte vai se manifestar sobre a questão diante do impasse que o assunto tem provocado nas duas turmas do tribunal.

No início das investigações da Lava Jato, na primeira instância da Justiça no Paraná, a maioria dos investigados foi processada pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, ao ser acusada de receber recursos em forma de propina e usar o dinheiro para custear suas campanhas políticas, sem declarar os valores à Justiça Eleitoral.

Na medida em que os recursos dos acusados foram chegando ao STF, a SegundaTurma da Corte passou a ter o entendimento de que as acusações deveriam ser remetidas à Justiça Eleitoral, porque as imputações de corrupção e lavagem de dinheiro devem ser tratadas como crime de “caixa dois”, cuja competência é daquela justiça especializada.

Com base no entendimento, investigações contra o senador José Serra (PSDB-SP) e outros políticos já foram remetidas para a primeira instância da Justiça Eleitoral. O colegiado é composto pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

Na Primeira Turma, o entendimento é de que as acusações devem ser julgadas pela Justiça Federal, cujas sentenças por crimes comuns resultam em penas mais altas.   A turma é formada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber, Marco Aurélio e Alexandre de Moraes.

A questão será decidida com base no inquérito que investiga o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM-RJ) pelo suposto recebimento de R$ 18 milhões da empreiteira Odebrecht para as campanhas eleitorais. 

Segundo as investigações,  Paes teria recebido R$ 15 milhões em doações ilegais no pleito de 2012.  Em 2010, Pedro Paulo teria recebido R$ 3 milhões para campanha e mais R$ 300 mil na campanha à reeleição, em 2014.

Os ministros vão julgar um recurso protocolado pela defesa dos acusados contra decisão individual do ministro Marco Aurélio, que enviou as investigações para a Justiça do Rio. Os advogados sustentam que o caso deve permanecer na Corte, mesmo após a decisão que limitou o foro privilegiado para  as infrações penais que ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato.

Agência Brasil

 


Saiba mais sobre Certificação Digital no Portal Juristas. Adquira seu certificado digital E-CPF ou E-CNPJ com a Juristas Certificação Digital. Entre em contato através do WhatsApp (83) 9 93826000

 

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Nada de pendurar chuteiras: enquete aponta que João Azevêdo deve disputar Senado em 2026 e continuar trabalho pela PB

Manter-se no cargo de governador até o final do mandato ou abdicar da função em…

13 de maio de 2024

Pesquisa PB Agora/Datavox aponta que 75,5% da população de Ingá aprova a gestão do presidente Lula

Pesquisa PB Agora/Datavox para Ingá aponta que 75,5% da população do município aprova a gestão…

13 de maio de 2024

Oposição aciona MP para tentar reverter convite a secretário de educação; Galdino minimiza: “Cabe a nós aguardar”

A oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba deu um passo decisivo ao entrar com uma…

13 de maio de 2024

Pesquisa PB Agora/Datavox revela que 65,7% da população de Ingá aprova a gestão do governador João Azevêdo

Pesquisa PB Agora/Datavox para Ingá aponta que 65,7% da população do município aprova a gestão…

13 de maio de 2024

Presidente do PT da Paraíba promete acionar a justiça após críticas de Luiz Couto

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) da Paraíba, Jackson Macêdo, anunciou que tomará medidas…

13 de maio de 2024

Divulgado resultado de seleção de trabalhadores temporários para o Maior São João do Mundo

A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente…

13 de maio de 2024