Categorias: Política

Senado discute fim de verbas militares

PUBLICIDADE

Os planos de modernização e reaparelhamento das Forças Armadas, com investimentos em submarinos nucleares e convencionais, 36 caças supersônicos, helicópteros e novos blindados, envolvendo cifras que podem atingir mais de US$ 21 bilhões em 20 anos, conforme projeções de alguns especialistas em defesa, reacenderam a discussão no governo e no Congresso sobre a necessidade de evitar o bloqueio de recursos orçamentários para o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.

Enquanto esse debate no governo ganhou, na última semana, adeptos importantes, como o vice-presidente José Alencar, o assunto será agora discutido no Senado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá analisar relatório do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que endossa proposta de emenda constitucional que proíbe por dez anos qualquer represamento aos investimentos das três Forças aprovados pelo Congresso, tanto pela lei orçamentária anual quanto nos créditos especiais e suplementares.

Simon informou ao Jornal do Senado que já solicitou ao presidente da CCJ, senador Demostenes Torres (DEM-GO), autor de uma das duas PECs (a de número 85/03) que proíbem o contingenciamento, que o seu parecer seja votado na comissão. O relator preferiu o texto de Marcelo Crivella (PRB-RJ), da PEC 53/04, por fixar prazo para que os investimentos militares não sofram cortes.

O argumento central da Defesa é que o contingenciamento derruba qualquer planejamento de longo prazo, encarecendo o custo dos contratos para a União. Por essa razão, Crivella preserva as contrapartidas nacionais a financiamentos externos, inclusive assegurando o atendimento integral dos cronogramas de desembolso negociados nesses contratos.

O fim do contingenciamento para os recursos das Forças Armadas também deve ser discutido na Comissão de Relações Exteriores (CRE). O presidente da CRE, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), avalia que o represamento do orçamento não mais se justifica com a estabilização da economia. O sucateamento dos equipamentos militares brasileiros, os pesados investimentos bélicos de países vizinhos, como Venezuela, Colômbia e Chile, e a ameaça de conflitos nas Américas estão induzindo, na opinião de Azeredo, a “certo consenso” de que o Brasil precisa ter Forças Armadas equipadas e modernas.

Para assegurar a implementação da Estratégia Nacional de Defesa (END), apresentada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, aos integrantes da CRE, os responsáveis pelas áreas orçamentárias das três Forças consideram fundamental que os recursos para os planos de reaparelhamento não sejam bloqueados

 

Agência Senado

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Humberto Costa projeta para próxima 2ª decisão sobre futuro do PT em João Pessoa

O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do Partido dos Trabalhadores…

7 de maio de 2024

Emerson Panta anuncia concurso com 100 vagas para criação da Guarda Civil Municipal de Santa Rita

A Prefeitura de Santa Rita divulgou nesta segunda-feira (06), a abertura do tão aguardado concurso…

7 de maio de 2024

João Azevêdo solicita investimentos em segurança hídrica em reunião no Ministério da Integração

O governador João Azevêdo se reuniu, nesta terça-feira (7), em Brasília, com o secretário-executivo do…

7 de maio de 2024

Conselheira tutelar de Patos é destituída do cargo pela Justiça por várias irregularidades

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) manteve a destituição de…

7 de maio de 2024

CBF adia jogo entre Botafogo-PB e São José-RS pela Série C por conta das chuvas que castigam o Rio Grande do Sul

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na tarde desta terça-feira (7) o adiamento de…

7 de maio de 2024

VEJA: Humorista paraibano Rafael Cunha doa caminhão de donativos para vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul

O humorista e influenciador paraibano Rafael Cunha, em conjunto com sua esposa Débora Cunha, mobilizou-se…

7 de maio de 2024