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Sem bomba, mas com zoada

    Danou-se! Então o prefeito Ricardo Coutinho tem o mau costume de falsificar documentos?

    Bem, apesar de uma denúncia bastante dormida (foi de 2001), a “bomba” da suplente de deputada estadual Nadja Palitot precisa mesmo ser bem apurada. Ela quis fazer um link entre o fato que teria ocorrido em 2001 – em que o então deputado estadual petista foi acusado de falsificar assinaturas de uma ata em apoio à sua candidatura a prefeito – e os acontecimentos atuais. Ela quis dizer, enfim, que falsificar atas não é novidade para o prefeito. E que é preciso abrir o olho e investigar.

    Mas até onde tenho conhecimento, nada ficou comprovado contra Ricardo Coutinho àquela época. Denúncia todo mundo faz. Provar é que é difícil. Muitas vezes você tem certeza absoluta de que a autoridade X ou o candidato Y (nos casos de período eleitoral) fez algo de errado. Mas apresentar uma notícia de jornal de 2001, denunciando suposta fraude, não me parece ser necessariamente uma prova. De qualquer forma, vale ficar de orelha em pé e investigar os últimos acontecimentos com denúncias semelhantes.

    Se for verdade que o prefeito falseou ata proibindo os deputados do PSB de assumirem cargos no governo estadual, é preciso apuração rigorosa. É com esse documento que o prefeito e presidente do PSB pretende expulsar o deputado Guilherme Almeida, que está num pé e noutro pra assumir uma Secretaria no governo Maranhão.

    Pra falar a verdade, não existe “uma bomba”. Mesmo assim, para um povo sem memória, é bom que antigas denúncias sejam lembradas. Afinal de contas, há pelo menos duas denúncias idênticas, em tempos distintos, contra o prefeito.

    Pode ser apenas coincidência. Mas, em se tratando de um político que aprendeu a se tornar blindado como o presidente Lula, não basta uma coincidência. Tem que haver provas.

    “Está na cara que Ricardo fez isso mesmo só pra não dar lugar a Nadja na Assembléia”, dizem por aí. E faz sentido. Mas a Justiça precisa mais do que um “tá na cara” para tornar o prefeito um réu.

    É, pode ser apenas coincidência. Mas, se ficar provado (e que dureza provar alguma coisa!) que não é só isso, Ricardo terá uma grande mancha em sua trajetória política. Até aqui ele tem se saído muito bem nos bafafás em que se meteu.

    Pense num “mago” blindado!


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