O secretário de Saúde de João Pessoa, Dr. Luís Ferreira voltou a se posicionar de forma contundente contra o Projeto de Lei que prevê que médicos batam ponto a cada duas horas na capital paraibana. Em declaração nesta quinta-feira (13) à Rádio Correio o secretário afirmou que a proposta representa uma tentativa de imposição sem compreender a realidade da prática médica e classificou a medida como “ilógica”.
“A gente precisa definitivamente parar com essa marginalização de uma classe. O debate é salutar, mas o que não é válido é tentar impor normas sem conhecer como é a realidade da prática dos prestadores de serviço, dos serviços assistenciais”, declarou Dr. Luís Ferreira, enfatizando que a medida afetaria não só os médicos, mas todos os profissionais de saúde.
O secretário exemplificou situações em que a obrigatoriedade do ponto a cada duas horas seria inviável.“Você imagina que a cada duas horas um anestesista que está fazendo uma anestesia de uma cirurgia de seis horas precisa sair da sala para bater o ponto, um cirurgião que está realizando uma cirurgia precisa sair da sala para bater o ponto, um médico que está fazendo uma consulta que se prolongou precisa sair da consulta para bater o ponto, um médico que está atendendo em uma parada cardiorespiratória precisa interromper o atendimento para bater o ponto. Então é ilógico esse tipo de imposição”, criticou.
Dr. Luís destacou que a Secretaria de Saúde não é contra a fiscalização da jornada de trabalho dos profissionais. “Nós não somos contrários definitivamente, que o médico e todos os profissionais tenham a sua jornada de trabalho fiscalizada, regulamentada, que ele bata ponto na chegada, na saída, isso inclusive já existe. A grande questão é tentar impor rotinas diferentes para serviços de saúde onde não existe experiência por parte de quem está impondo”, ressaltou.
O secretário defendeu que o tema seja amplamente debatido, com cautela e seriedade, para evitar prejuízos à qualidade do atendimento nos serviços de saúde. “A Secretaria é completamente contra essa história de ter que bater ponto a cada duas horas, isso não existe em lugar nenhum no mundo”, concluiu.
O projeto de lei segue em tramitação na Câmara Municipal de João Pessoa e ainda deve passar por discussões nas comissões antes de ir a plenário.
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