O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), marcou para a próxima terça-feira (2) a sessão de instalação dos trabalhos da CPI da Petrobras. Nesta sessão será eleito o presidente da CPI e haverá a designação do relator. A disputa por cargos-chave deve provocar reflexos em plenário nesta quarta-feira (27), uma vez que a oposição anunciou obstrução a votações.
A instalação na próxima semana agrada a base aliada, que deseja adiar o início de fato da CPI para esfriar os ânimos no Senado. Os líderes do PT, Aloízio Mercadante (SP), e do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), já haviam sinalizado que, apesar de os times dos partidos já estarem escalados, a instalação da CPI não aconteceria nesta semana.
Com a data marcada, os partidos têm quase uma semana para achar uma composição adequada para os cargos-chave da comissão. Jucá reafirmou nesta manhã que a base aliada deseja ocupar a presidência e a relatoria da comissão.
Enquanto os governistas querem exercer a maioria, a oposição pede espaço. Para tentar conquistar a presidência da investigação, PSDB e DEM anunciaram obstrução das votações em plenário.
Seis medidas provisórias trancam a pauta da Casa, sendo que quatro delas perdem a validade na próxima segunda-feira (1º). Uma das que preocupa o governo é a que deu recursos para o Fundo Soberano. A MP que reajustou o salário mínimo para R$ 465,00 em fevereiro também corre risco, mas o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou que esta proposta não será alvo da obstrução.
G1