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Ricardo também processará Barreto?

Segundo informações repassadas por pessoas que circulam na intimidade do Coletivo Girassol, que orienta politicamente o ex-prefeito municipal de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB, pedalando na foto acima, em meio a ciclistas que freqüentam a praia de Tambaú), o professor Francisco Barreto não vai escapar das barras dos tribunais.

Coletivo não perdoa

Desta vez, os ricardistas mais exacerbados acham que o ex-vereador e ex-secretário de Administração da própria prefeitura extrapolou todos os limites acerca das críticas desferidas na terça-feira passada contra a prestação de contas da campanha municipal de 2008, referentes à reeleição de Ricardo.

Ação de caráter pessoal

E – para isso – não basta apenas a ação na Justiça Comum a ser movida pelo advogado Ricardo Sérvulo, representando o diretório estadual do PSB (Partido Socialista Brasileiro), alegando a prática dos crimes de calúnia, injúria e difamação, tem que ter mais, de autoria do próprio ofendido.

Jurisprudência explica

Os juristas definem da seguinte maneira, os tais procedimentos passíveis de condenação, acima referidos:

1) A calúnia consiste em atribuir falsamente, a alguém, a responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como crime. Assim, se “A” disser que “B” roubou a moto de “C”, não sendo tal imputação verdadeira, constitui crime de calúnia = mentira.

2) A difamação, por sua vez, consiste em atribuir a alguém fato determinado, que seja considerado como ofensivo à sua reputação. Assim, se “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado na semana passada, constitui crime de difamação = fuxico, fofoca, falar mal de alguém, criticar o outro com ou sem justificativa.

3) A injúria, de outro lado, consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade. Por exemplo, se “A” chama “B” de ladrão, imbecil, etc, constitui crime de injúria = acusar uma pessoa de ser isso ou aquilo, sem ela ser mesmo a tal coisa da qual foi chamada, ferindo assim sua honra.

Até o filho é contra

Por conta dessa onda toda contra o denunciante, até o próprio filho do prefeito, Rick Vieira Coutinho (recentemente chegado do Rio de Janeiro, onde morava junto com a mãe dele até o início deste ano), postou mensagem no Twitter dizendo que:

– O “professor” Barreto prometeu uma bomba, soltou um estalinho e ainda vai ser processado e perder dinheiro. É ou não é um gênio?

Repondo a verdade

Só para fins de reposição de uma mínima respeitabilidade à figura acadêmica do denunciante, cabe-me dizer que Barreto não deveria ser considerado assim por um rapaz recém-desembarcado em João Pessoa com a missão exclusiva de ajudar na deflagração da iminente guerra eleitoral que se avizinha, ao menosprezar e desdenhar publicamente, pela Internet, em tom de deboche, do excelente perfil profissional de Barreto.

Denunciante tem pedigree

Você pode até discordar das suas críticas, mas não deve – jamais – dizer que ele não é um professor preparado, inclusive para ministrar aulas em francês, como já fez no passado recente, em plena Sorbonne (Paris).

Currículo acadêmico

Para se ter uma idéia da brilhante carreira dele, vejam abaixo algumas informações curriculares recolhidas por Barreto ao longo dos últimos anos:

Formação internacional

Francisco de Paula Barreto Filho já realizou – inclusive – uma Missão Técnica na University of Northumbria at Newcastle (Inglaterra), em 2000. Formado em Direito, ele é professor-titular da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).

Militância política

Ex-líder estudantil durante os “Anos de Chumbo” da Ditadura Militar, foi afastado dos bancos escolares por força do AI-5 (Ato Institucional baixado no dia 13 de dezembro de 1968, que cassou os mandatos e direitos políticos de muitos brasileiros considerados perigosos subversivos, pela Junta que governava o país, naquela época).

Ex-auxiliar de governador

Barreto foi secretário de Planejamento do Estado durante o segundo mandato do ex-governador Tarcísio Burity (1987 a 1990), tendo assinado convênios em Washington (Estados Unidos) que serviram de base técnica para implantação do atual Projeto Cooperar, na Paraíba.

Veterano no tucanato

Fundador do PSDB em João Pessoa, ele exerceu o mandato de vereador e foi anfitrião do seu então colega de Parlamento-Mirim na Bahia, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura do Presidente Lula (PT), Gilberto Gil (presidente da ONG Onda Azul, quando ocupava uma cadeira na Câmara Municipal de Salvador-BA).

Amigo virou inimigo

Poliglota (fala inglês e francês fluentemente), Francisco Barreto foi um dos principais colaboradores do prefeito Ricardo Coutinho, logo no início da sua primeira gestão à frente da PMJP, tendo ocupado as secretarias de Articulação Política, Administração e Desenvolvimento Urbano. Depois – lamentavelmente – se tornou seu desafeto pessoal.

Consultoria como gourmet

Lembro-me que da primeira viagem internacional do então recém-eleito prefeito da Capital, Barreto era consultado por telefone por Ricardo, até mesmo nas horas de escolher o cardápio durante suas refeições em solo gaulês, perguntando ao celular qual seria o melhor prato da culinária local a combinar com um bom vinho tinto, de procedência, cuja qualidade levaria o selo de regiões vinícolas de fama mundial, como Provence, Champagne ou Cognhac.

Top 10 no Twitter

Confira abaixo, o mais novo ranking ampliado de políticos paraibanos que possuem páginas atualizadas no microblog que virou febre por estas bandas daqui, nestes últimos meses que antecedem a campanha eleitoral:

1. Ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) – 4.750

2. Ex-prefeito Ricardo Coutinho (PSB) – 3.210

3. Deputado federal Efraim Filho (DEM) – 3.044

4. Deputado federal Rômulo Gouveia (PSDB) – 1.925

5. Deputado federal Manoel Júnior (PMDB) – 1.473

6. Senador Cícero Lucena (PSDB) – 1.424

7. Deputado federal Vitalzinho (PMDB) – 1.135

8. Senador Efraim Morais (DEM) – 1.013

9. Prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB) – 927

10. Deputado estadual Rodrigo Soares (PT) – 657

OBS: Estes números apresentados acima são passíveis de constantes e sucessivas alterações, diante do dinâmico caráter mutante do próprio Twitter, que altera o tempo todo a quantidade de seguidores, para mais ou para menos.

Setenta por cento campinense

Explicação técnica dada pelo deputado federal Vital do Rego Filho (PMDB), para a permanência do irmão dele, Veneziano, no cargo de prefeito municipal de Campina Grande (via mensagem postada no Twitter, no início da noite desta quarta-feira):

– O compromisso maior de Vené é com sua cidade, Campina, que segundo pesquisas colhidas nos últimos meses, 70% desejavam a sua permanência. 


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