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Queiroga confirma mudanças internas no PL e diz que determinação de Bolsonaro é rearrumar sigla na Paraíba

Marcelo Queiroga em reunião com presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto / Foto: redes sociais

O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), afirmou nesta segunda-feira (17), em entrevista ao programa “Arapuan Verdade”, que importantes definições sobre o futuro do PL na Paraíba devem ser anunciadas ainda nesta semana.

De acordo com Queiroga, a decisão de não renovar o comando de Wellington Roberto à frente da legenda na Paraíba foi tomada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e faz parte de um processo de reorganização interna da legenda.

Segundo o ex-ministro, o objetivo da mudança é fortalecer o partido, buscando uma estrutura que seja independente de quem esteja à frente. “A decisão partiu do presidente Jair Bolsonaro para reorganizar o partido. Nós vamos procurar fazer um diálogo para construir um partido forte, independentemente de quem esteja à frente, seja eu, seja Cabo Gilberto, Walber ou o próprio Wellington Roberto”, afirmou Queiroga.

Sobre os membros, Queiroga preferiu não realizar uma “caça às bruxas” em relação ao ex-presidente Wellington Roberto, destacando o legado político do parlamentar.

“Wellington Roberto tem uma trajetória significativa no nosso cenário político e continuará sendo uma peça-chave no PL. Sua experiência e conexão com as bases são fundamentais para o fortalecimento do partido”, afirmou Queiroga

ENTENDA

A situação atual do PL na Paraíba é incerta. O mandato do deputado federal Wellington Roberto como presidente da Comissão Provisória do partido se encerrou na última sexta-feira (14), e, até o momento, não houve uma renovação formal. De acordo com consulta ao site do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), o partido segue sem comando no estado.

O cenário de incerteza tem origem nos desentendimentos internos do PL, especialmente após as eleições de 2022, quando o partido, liderado por Wellington Roberto, disputou o governo da Paraíba com o candidato Nilvan Ferreira, que acabou ficando em terceiro lugar. Desde então, a ala do PL ligada a Bolsonaro, representada por nomes como os deputados Cabo Gilberto Silva e Walber Virgolino, tem se afastado do grupo de Wellington.

Nas eleições de 2024, a divisão interna do partido ficou ainda mais evidente. Wellington foi afastado das decisões sobre João Pessoa e Região Metropolitana, com Cabo Gilberto assumindo o controle do PL na Capital. A decisão também foi tomada por Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, ambos próximos de Wellington, mas que optaram por apoiar a liderança de Cabo Gilberto na capital.

O PL também anunciou apoio à reeleição de Bruno Cunha Lima em Campina Grande, mas a aliança se desfez antes do primeiro turno, quando o grupo liderado por Cabo Gilberto se aliou ao Novo. No segundo turno, as forças se uniram novamente.

Nos bastidores, especula-se que o deputado Wellington Roberto possa migrar para o Republicanos na janela partidária, o que levanta dúvidas sobre o futuro do partido no estado. O futuro de seu filho, o deputado estadual Caio Roberto, também segue indefinido dentro do PL.

Redação

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