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PT minimiza influência de Lula

A notícia sobre a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP) para o governo de São Paulo em 2010 levou dirigentes do PT a se esforçarem ontem para desmontar a imagem de que o Planalto baterá o martelo na questão. Em meio a um clima de que direção partidária foi atropelada, petistas aproveitaram um seminário da corrente Novo Rumo para o PT para investir no discurso de que é cedo para uma decisão.

O Estado revelou ontem que Lula mandou um recado claro a petistas de que quer Palocci na vaga em 2010. A manifestação foi feita num diálogo com o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) no Aerolula, presenciado por ministros e assessores. “Acho bom que haja um debate prévio sobre diagnóstico e programa de governo. E, depois, fazer a discussão em torno do nome”, disse o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). “Inverter a ordem é empobrecer o debate.”

Palocci, um dos palestrantes, evitou a imprensa e se ateve ao tema da crise ao discursar. Reservadamente, entretanto, o ex-ministro da Fazenda mostrou-se preocupado com a repercussão da notícia. Ele aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Já Mercadante usou seu discurso para explicar a presença de seu nome no noticiário. Confirmou a conversa com Lula, mas minimizou: “O presidente vai ouvir a direção partidária”, disse, acrescentando que existem outros nomes além de Palocci, como a ex-ministra Marta Suplicy e o prefeito de Osasco, Emidio de Souza. “Não é pela imprensa que a militância vai saber quem é o candidato.”

Também presente, Marta endossou o nome de Palocci. “Sou uma das que acham que o Palocci seria um bom candidato. Existe um certo consenso do PT entre os nomes que poderiam ser candidatos mais fortes e o Palocci, neste momento, parece ser o nome mais interessante para todos nós”, afirmou.

A fala da petista condiz com a estratégia comandada nos bastidores por seu grupo político. Em troca do apoio a Palocci para concorrer ao governo paulista, aliados da ex-ministra dão como praticamente certo que ela terá também o endosso dele se quiser concorrer ao Senado, por exemplo, ou pleitear a coordenação da campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff ao Planalto.

estadao.com.br

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