Categorias: Política

Proximidade das eleições deve levar Michel Temer a perder 14 ministros

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Assim como em um dos programas de maior sucesso da televisão brasileira, a grande expectativa no governo do presidente Michel Temer é sobre quem será o próximo a deixar o governo. Com 14 ministros no paredão das eleições, a tendência é de que as próximas semanas sejam de intensa movimentação na Esplanada. Na posição de “big boss”, o chefe do Executivo já mandou o recado pelo “big fone”: quem quiser sair para concorrer a cargos eletivos que saia logo para dar espaço às negociações da reforma da Previdência, prevista para ser votada na Câmara em 19 de fevereiro. Agora, o público está à espera da carta de demissão daqueles que vão deixar o jogo.

 

 

No Planalto, a estratégia principal é agradar aos partidos. Temer está tomando cuidado e deixando claro que os substitutos dos ministros-candidatos precisam ter a chancela dos líderes e presidentes de legendas. Com isso, mesmo que os nomes escolhidos venham a ter um perfil mais técnico do que político, terão de, necessariamente, cabalar votos para aprovar as mudanças nas regras de aposentadoria em fevereiro. Além disso, estará em jogo também a utilização do fundo partidário e do fundo eleitoral, sob responsabilidade dos presidentes de partidos. Eles poderão controlar, em tese, quem terá dinheiro para campanha com base no tamanho da fidelidade ao governo.

 

Temer faz caminhada no Jaburu e diz que sua saúde está recuperada

 

É uma aposta arriscada. Ao dar corda para que os partidos escolham os ministros em troca de votos no Congresso, o governo ficará com pouca margem de cobrar se, no final, as coisas derem errado. E as legendas, em tese, também poderão ficar blindadas de eventuais derrotas, já que a conquista dos 308 votos necessários para aprovar as mudanças na Constituição é uma tarefa árdua e que ainda está longe de ser alcançada.

 

Algumas trocas já realizadas deixam claro, contudo, essa aposta. Alexandre Baldy (Cidades) e Cristiane Brasil (Trabalho), por exemplo, são considerados pelo governo nomes mais representativos na hierarquia partidária. “O objetivo é ampliar a base e manter a coligação, aproveitando a mudança (a troca de ministros) para garantir mais apoio”, ponderou uma fonte palaciana.

 

Nem assumiu o posto ainda e Cristiane já enfrenta o primeiro revés com a divulgação de que ela foi condenada em 2016 a pagar uma dívida trabalhista de R$ 60,4 mil ao motorista Fernando Fernandes, que prestava serviços para ela e para sua família, conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) confirmada em segunda instância. Um processo mais recente foi registrado em 2017 por outro motorista: Leonardo Eugêncio de Almeida Moreira. Neste caso, o desfecho foi diferente. A então deputada se comprometeu a pagar R$ 14 mil, em parcelas de R$ 1 mil, além de assinar a carteira de trabalho.

 

Raciocínio

 

A entrada de Carlos Marun no lugar de Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo segue o mesmo raciocínio. “Abri mão da minha reeleição em função de contribuir com o projeto de governo. Outros estão, digamos assim, com a intenção de também contribuir não disputando reeleições. Não faltará gente boa disposta a representar o governo com os partidos que compõem a base”, avaliou.

 

Outro nome certo que deixará o governo em breve é o do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP). Ontem, em coletiva no ministério sobre a execução orçamentária da pasta em 2017, ele confirmou que abandonará o governo “até abril”, na tentativa de se reeleger. “Eu saio para disputar a eleição. Vou concorrer à reeleição de deputado federal. E fico no ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril, porque preciso desincompatibilizar”, afirmou.

 

 

Redação com Agência Press

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