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Procurador elenca fatores que oneram as eleições

 
O Brasil realiza um dos processos eleitorais mais caros do mundo. Um estudo elaborado pelo Senado Federal aponta dois fatores para isso: as questões geográficas e a fragilidade de boa parte do eleitorado, suscetível à influência do poder econômico e das máquinas administrativas, combinada a instrução formal e política limitadas. E isso tem forçado instituições como o Ministério Público Eleitoral e o Fórum de Com bate a Corrupção (Focco) a se posicionarem sobre a com pra de votos nas eleições.

A grande preocupação hoje em dia é com o processo contínuo da compra de votos que acontece mesmo fora do processo eleitoral. A troca de favores e benefícios doados por políticos torna o processo mais frágil. Apesar dessa fragilidade por parte dos eleitores, o Procurador Regional Eleitoral, Marcos Alexandre Bezerra Wanderley de Queiroga, acredita que a atuação do político na compra de votos é mais condenável. “Não é possível atribuir a culpa exclusivamente ao eleitor ou ao candidato, visto que o próprio sistema e a mentalidade reinante são indutores das condutas ilícitas. Mas se pudesse apontar, diria que a conduta do candidato é muito mais reprovável sob o ponto de vista moral e jurídico, visto que é alguém que visa ao poder e pretende representar a população e gerir a coisa pública, enquanto que, na maioria dos casos, os eleitores se corrompem por extrema necessidade”, disse o procurador.

Ele acredita que é o combate à corrupção em todas as esferas a solução para se barrar a corrupção do eleitor e do candidato. “É na mudança de mentalidade que se conquistam verdadeiras vitórias, tornando possível frear o ciclo vicioso da compra de votos”, destacou.

E é por conta dessa fragilidade no processo de relação entre políticos e eleitores é que as campanhas eleitorais na Paraíba têm ficado cada vez mais caras. Só para se ter uma ideia, a última campanha dos candidatos eleitos para as doze cadeiras na Câmara dos Deputados e uma para o Senado custaram R$ 50,4 milhões, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Marcos Alexandre disse que a mudança mais difícil é a mudança de mentalidade. Para ele, esse é o grande desafio. Mudar a mentalidade dos eleitores e candidatos. “Todavia, não se pode esperar uma mudança espontânea, infelizmente. É preciso educar, fiscalizar, impedir e punir a compra de votos no Brasil. Sob esses aspectos, temos experimentado uma evolução no combate à corrupção eleitoral (compra de votos). Sem dúvida alguma, se puder escolher o elemento mais importante no combate à compra de votos diria que é a educação da população.

 

 

Redação

 

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