O debate sobre a necessidade de mudar o modelo de financiamento de campanhas no Brasil voltou a ganhar fôlego em meio às denúncias de que propinas cobradas em contratos da Petrobrás acabavam irrigando partidos políticos e candidatos como doações oficiais de campanha.
Exercendo o seu 7º mandato de vereador, o presidente da Câmara Municipal de Campina Grande Pimentel Filho (PROS) revelou em entrevista a imprensa campinense ser contra a doações de empresas para partidos e disse que nunca recebeu um tostão de legendas para sua campanha.
Para o presidente de Câmara Municipal de Campina Grande, Antônio Alves Pimentel Filho (PROS), não concorda com o critério de igualar as legendas as recebedoras de propina contumazes para campanha. Pimentel garante. “Nunca recebi ajuda financeira de partido nem quando era presidente do PMDB. Acredito que, quem ajuda um partido, ajuda com interesse”, avalia o experiente vereador.
A crescente preocupação com o assunto, porém, não é exclusividade do Brasil. Um monitoramento internacional sobre financiamentos de campanha em 180 países, realizado há quinze anos pelo Instituto Internacional pela Democracia e Assistência Eleitoral (Idea, na sigla em inglês), indica uma tendência mundial de aumento – ainda que lento – da restrição a doações empresariais.
No Brasil, o PT e os movimentos sociais estão à frente da proposta de proibir totalmente o financiamento por empresas – dessa forma as campanhas seriam bancadas exclusivamente por recursos públicos e pequenas doações de pessoas físicas.
PB Agora
