POLÊMICA DO JINGLE: portal Terra acompanha desdobramentos do caso e diz que deputado Lindolfo Pires está despreocupado com a Sony Music
Candidato que usou música de Rei do Pop: Estou despreocupado
Candidato à reeleição, o deputado estadual Lindolfo Pires (DEM-PB) experimentou, na semana passada, uma mostra do poder da internet, quando alcançou fama relâmpago em razão do pitoresco jingle "Pires, Pires, Pires". A música, feita com a melodia de "Beat it", do rei do pop Michael Jackson, caiu no gosto dos internautas, virou hit no YouTube, com mais de 100 mil acessos, e figurou entre os tópicos mais comentados do Twitter.
Empolgado com o sucesso repentino, Pires disponibilizou o jingle em seu site oficial – o que "turbinou" a audiência da página -, mas se viu obrigado a recuar diante da notícia de que a Sony Music, detentora dos direitos sobre a obra do cantor, pretendia acioná-lo judicialmente. A informação foi confirmada pelo departamento de imprensa da gravadora. "A Sony Music está preparando uma ação para ser distribuída na capital paraibana, ainda no mês de agosto de 2010, com o intuito de obter indenização do candidato".
Em entrevista a Terra Magazine, o deputado garante que não recebeu nenhuma comunicação oficial da gravadora, revela ter "simpatia" por Michael Jackson e conta que se assustou com a repercussão do jingle, que, segundo ele, foi um "brinde" de um eleitor. Questionado sobre a questão dos diretos autorais, rebate:
– O Vaccarezza (deputado federal Cândido Vaccarezza), que é líder do PT, fez um jingle com a Macarena (sucesso do grupo Los Del Rio). Eu soube que tem um deputado em Santa Catarina, que deve ser do movimento gay, que pegou uma música do Queen e utilizou a música nessa situação.
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Confira a entrevista
Terra Magazine – O senhor recebeu notificação da Sony Music?
Lindolfo Pires – Não recebi nenhuma notificação.
Mas o senhor retirou o jingle da sua página…
Na verdade, eu tenho um jingle de campanha que já me acompanha nas quatro eleições que disputei. É o meu jingle tradicional. O que aconteceu neste ano foi que tenho um eleitor, fã de Michael Jackson e, sabendo que eu também tenho uma simpatia pelo artista e em virtude da morte do cantor no ano passado, ele resolveu me presentear com um jingle de michael jackson.
E qual foi sua reação quando ouviu a música pela primeira vez?
Quem gosta do cantor, já o acompanha por um tempo, fica realmente surpreso. Ficou agradável de se ouvir, porque não forçou. O sobrenome Pires combinou com "beat it". Casou direitinho. Talvez, tenha sido por isso que teve essa repercussão toda. Não foi forçado. Soou bem.
Quem teve a ideia de colocar no Youtube? O senhor imaginava que fosse ter essa repercussão?
De maneira nenhuma. Até porque esse jingle só se encotrava presente na internet. Esse jingle não me acompanha nas reuniões. Ele caiu na internet e na internet ninguém controla. Minha página ficou super visitada. A quantidade de acessos foi enorme.
O senhor tem uma ideia do número de acessos depois do jingle?
Teve uma quantidade enorme. Chegou a ter 5 mil pessoas online ao mesmo tempo. Foi na quinta-feira (19), no dia que o Twitter descobriu o jingle, há uma semana. Virou uma verdadeira febre. Um saiu avisando para o outro. "Escute a música, escute a música".
O que o senhor achou dessa repercussão toda?
Fiquei surpreso. Aquilo que era uma coisa totalmente despretensiosa… A partir de um brinde de um eleitor se tornou essa questão toda.
E os direitos autorais? O senhor não se preocupou com isso?
O Vaccarezza (deputado federal Cândido Vaccarezza), que é líder do PT, fez um jingle com a Macarena (sucesso do grupo Los Del Rio). Eu soube que tem um deputado em Santa Catarina, que deve ser do movimento gay, que pegou uma música do Queen e utilizou a música nessa situação.
Como disse para você, o jingle foi um presente. Isso me deixa despreocupado, porque não me aufere nenhum lucro. Nunca vendi um cd. Não é um jingle promocional, não é distribuído como brinde para eleitor. A forma que as pessoas tiveram acesso foi pela internet. É o único meio de escutar a música. Eu não comercializo o jingle. Também não é plágio, porque não estou assumindo uma autoria que não é minha. Plágio seria se eu dissesse que a autoria da melodia é minha. Isso é uma paródia que o eleitor me deu, pensando que era apenas para me homenagear, porque também gosto do Michal Jackson. Foi uma brincadeira.
Mas o senhor retirou o jingle de seu site?
Fiquei assustado com o tamanho da repercussão. Juro que não esperava.
Naveguei por sua página e encontrei alguns apelos de eleitores para que o jingle fosse recolocado na página.
Vou tentar conversar com os eleitores para aqueles que tiveram oportunidade de ouvir o jingle, ouvirem através de outros meios, já que agora a gente não controla a internet. Como disse, nunca foi notificado por empresa nenhuma. O que a gente sabe é só de comentários extra-oficiais. Mas vou procurar saber se tem ou não alguma implicação.
Do Terra Magazine
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