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PF suspeita que esquema atuou no governo Roseana

A investigação feita pela Polícia Federal nas empresas da família Sarney mostra que o suposto esquema que envolveria integrantes do clã em lavagem de dinheiro, fraude em licitação e desvio de recursos públicos pode ter atuado no Maranhão durante a gestão de Roseana Sarney (PMDB-MA) no governo do Estado (1998- 2002). A PF quer investigar também se o grupo se valeu de contatos com pessoas indicadas pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para cargos em estatais para obter vantagens em obras públicas.  

A investigação feita pela Polícia Federal nas empresas da família Sarney mostra que o suposto esquema que envolveria integrantes do clã em lavagem de dinheiro, fraude em licitação e desvio de recursos públicos pode ter atuado no Maranhão durante a gestão de Roseana Sarney (PMDB-MA) no governo do Estado (1998- 2002). A PF quer investigar também se o grupo se valeu de contatos com pessoas indicadas pelo senador José Sarney (PMDB-AP) para cargos em estatais para obter vantagens em obras públicas.
 

De acordo com documento sigiloso da PF, uma das empresas investigadas – a Proplan – participou da execução do projeto de recuperação da Lagoa de Jansen, obra orçada em R$ 118 milhões. O caso, mesmo antigo, mereceu a atenção da PF na investigação aberta em 2007. Os policiais pediram à Justiça autorização para buscar documentos do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, no que seria a empresa de contabilidade da Proplan.

 

Além disso, em ofício sigiloso encaminhado à 1ª Vara Criminal Federal do Maranhão, a PF informa terem sido “frequentes os contatos promíscuos” entre os integrantes do esquema e o diretor de engenharia da estatal Valec, Ulisses Assad.

 

Assad foi diretor da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema) no governo Roseana e indicado para a diretoria da Valec por Sarney. Ele não foi encontrado para comentar a suspeita. Roseana disse, por meio de sua assessoria, que não poderia se manifestar sem antes ter acesso aos documentos da PF e lembrou que as contas de sua gestão foram aprovadas pela Justiça eleitoral.

 

GRAMPOS

Nessa mesma investigação, a PF grampeou telefonema entre Sarney e seu filho Fernando. Na conversa, revelada pelo Estado, o senador pergunta ao filho se ele recebera informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), supostamente sobre processo que, então, corria em sigilo. Fernando responde: “Também.”

 

A escuta da Polícia Federal mostra ainda os dois combinando o uso das empresas de comunicação da família para responder a um artigo publicado por Aderson Lago, primo do governador do Maranhão, Jackson Lago, seu inimigo político. O diálogo foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo.

 

No texto que provavelmente motivou as reclamações de Sarney, Aderson o chama de “velho oligarca”. Na conversa com o filho, Sarney reclama que Aderson “foi muito cruel” e o insultou de “maneira brutal”. E pede que o filho leve para a televisão denúncias contra as empresas de Aderson.

 

Nesta semana, Sarney pode ver o adversário perder o mandato. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve concluir o julgamento do processo de cassação de Jackson Lago, interrompido no fim do ano passado. O relator do processo, ministro Eros Grau, votou pela cassação do mandato e a favor da posse da segunda colocada nas eleições, a senadora Roseana Sarney.

 

estadao.com.br

 

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