Em protesto ontem (24) na ALPB contra a atual situação financeira, alguns gestores paraibanos fecharam as portas das prefeituras e já se preocupam com as sanções decorrentes do descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Enquanto o prefeito de Sousa André Gadelha (PMDB) afirmou que sua gestão está sem dinheiro e que por isso paralisou todas as obras em execução na cidade, seu adversário político o sousense Zenildo Oliveira (PSD) sugeriu algumas medidas simples para aumentar as receitas do município como corte de comissionados, redução de diárias e aplicação eficiente dos recursos públicos.
“Estamos na iminência de ser processados por improbidade administrativa porque as despesas já são maiores que as receitas”, alertou o prefeito de Sousa, André Gadelha. Só em Sousa, cerca de 18 obras foram paralisadas por falta de recursos.
Pré-candidato a prefeito, o empresário Zenildo Oliveira, lamentou mais uma vez a postura do prefeito de Sousa André Gadelha que por gerenciar mal os recursos públicos da cidade anunciou a paralisação dos serviços e obras públicas na cidade.
Em resposta as lamentações dadas pelo gestor no qual revela que não sabe como contornar a crise econômica enfrentada pelo país Zenildo sugerem medidas simples como corte de comissionados, redução de diárias e aplicação eficiente dos recursos públicos.
Para Zenildo, são lamentáveis as declarações do prefeito a um jornal de circulação estadual nesta quinta-feira no qual revele que paralisou 11 obras na cidade, por falta de recursos, a exemplo de campos de futebol, ciclovias, operação tapa buraco, além da manutenção e limpeza de alguns prédios e reconstrução de salas de aula. Segundo ainda o prefeito só será mantido hoje no município os serviços de limpeza urbana e o atendimento do Samu.
O pessedista sousense disse que apesar de a prefeitura ter dinheiro para aplicar em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura, por exemplo, a cidade não obtém melhorias nesses setores. “Todo mundo se queixa da gestão do sistema de saúde e educação. E o pior é que estamos colocando cada vez mais dinheiro no sistema. Não é que esteja havendo pouco investimento.
A prefeitura de Sousa arrecadou somente de janeiro a maio deste ano mais de R$ 44 milhões em receitas correntes que englobam impostos, taxas, transferências correntes dentre outras fontes de manutenção do poder público. E a qualidade de atendimento está igual ou pior que dez anos atrás. Como se explica mais dinheiro e menos qualidade? Má gestão dos recursos. O prefeito já passou do tempo para parar de se lamentar e começar a trabalhar”, disse Oliveira que vem desenvolvendo com a sociedade sousense um projeto de desenvolvimento para Sousa.
O levantamento, feito pelo sousense Zenildo Oliveira a partir dos dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) (Sagres), inclui tributos que são repassados ou saem diretamente do bolso dos sousenses. É o caso do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) que arrecadou R$ 131.849,18, do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) que embolsou R$ 218.076,74, do Imposto Retido nas Fontes s/ Rendimentos do Trabalho R$ 279.105,79, da Taxa de Licença para Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais, Industriais e Prestação de Serviço que arrecadou R$ 275.245,57.
"Encontramos em Sousa um dos piores índices de gestão publica de saúde se compararmos a outras cidades. Temos que aumentar o número de equipes de PSF. O SUS só paga leito e há um déficit de leitos. Pergunto por que Sousa não pode ter um Hospital da Criança e do Adolescente nos moldes do de Campina Grande? Pode, pois segundo dados do Sagres o prefeito recebeu somente do Fundo Municipal de Saúde, disponibilizados através do Governo Federal de janeiro a maio mais de R$ 14 milhões. Dinheiro tem o que falta é gestão!”.
Para Zenildo, ao invés de culpar terceiros a administração municipal deveria fazer o dever de casa cortando diárias dos comissionados que segundo denúncias do Jornal a Paraíba de Julho deste ano a cidade Sorriso é a segunda do Estado que mais faz uso dessa verba, gastando mais do que Campina Grande que tem uma população seis vezes maior.
Outra medida defendida por Zenildo é a redução do número de comissionados que atualmente são mais de 600 apadrinhados políticos, que somente nos cinco primeiros meses de 2015 consumiram dos cofres públicos quase R$ 5 milhões em pagamentos. Para se ter uma ideia dessa valor, o sousense lembra que a prefeitura investiu no mesmo período segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE) (Sagres) somente R$ 2 milhões em áreas essenciais como: Agricultura; Assistência Social; Comércio e Serviços; Cultura e Desporto e Lazer.
Redação com assessoria
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