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Opinião: Vital e Romero são água e óleo que não se misturam, mas depende…

A nomeação da vereadora Eva Gouveia (PSD), pelo governador João Azevêdo, para a Secretária Executiva de Articulação Política, com a função de chefiar o novo Escritório de Representação em Campina Grande, se configura em mais uma evidência de que o Romero Rodrigues vai embarcar no projeto político-eleitoral do governo.

Eva é pedra preciosa no acervo de apoiadores de Romero Rodrigues. Pela lógica, ela não iria juntar-se a João Azevêdo sem um entendimento prévio com o ex-prefeito de Campina Grande.

Vale lembrar que a viúva do ex-deputado federal Rômulo Gouveia passa a representar o Governo do Estado na região polarizada por Campina Grande.
É uma função extremamente relevante e implica em muito prestígio e poder.

Outro lado

E os Vital do Rego, aliados de primeira ora do governo, o que estarão achando desse aconchego do governador João Azevêdo com seus principais adversários na cidade de Campina Grande?

O grupo Vital irá assistir a tudo isso, resignado num notório desprestígio que beira a humilhação? Afinal, enquanto Eva Gouveia é bafejada pelos ventos palacianos, com pompas e circunstâncias, a secretária Ana Claudia é tratada com desdém, como aconteceu naquele evento em Campina Grande, em que ela foi totalmente ignorada, enquanto adversários eram chamados para compor a mesa.

Óleo e água

Pelo menos em tese, Vital e Romero são água e óleo que não se misturam. Mas, há uma máxima do filósofo Manoel Gaudêncio, também de Campina Grande, que ficou para a história e amortece os impactos das incoerências políticas embutida em eventuais acordos entre adversários históricos: “A política é dinâmica…”

Ora, se já vimos Gadelha e Mariz dando as mãos num evento histórico na sede da Associação Paraibana de Imprensa (API), imagina juntar Vital com Romero.
Tudo é possível. Mas, apenas possível…

E na dinâmica da política, pode até ser que o governador João Azevêdo, orientado pelos seus conselheiros políticos, juntem no mesmo banquete gregos e troinanos, ou seja: Vital e Romero.

Se porventura o governador João Azevêdo encontrar a fórmula mágica que acomode suficientemente bem os dois lados em sua chapa, quem garante que Vital e Romero não subam no mesmo palanque em 2022?

Bastava o esquema oficial vislumbrar, por exemplo, que em reação às suas últimas ações, algo surpreendente pudesse acontecer, como, por exemplo, juntar todo mundo do outro lado numa composição política para enfrentar João Azevêdo.

Esta hipótese, tanto quanto juntar Vital e Romero, também está na conta da famosa “dinâmica” tão decantada por Manoel Gaudêncio.

Resumo da ópera: tudo pode acontecer, inclusive nada…

Wellington Farias
PB Agora


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