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Opinião: Tião Gomes, João Azevêdo, Veneziano, Galego do Leite e a queda da Bastilha

E o leite ferveu, e como dizem, foi talhado, virando um queijo de gosto duvidoso. Pode ter sabor peculiar a iguaria. Alguns gostam, outros não, mas o fato é que a relação política envolvendo o governador João Azevêdo (Cidadania) e o presidente do MDB da Paraíba, senador Veneziano Vital do Rêgo, já não existe.

O último alvo dessa querela foi o ex-vereador de Campina Grande, Galego do Leite (Podemos), cuja cabeça foi guilhotinada pelo Palácio da Redenção. O ato da queda da Bastilha saiu na edição desta quarta-feira (9), no Diário Oficial do Estado (DOE). O ex-parlamentar é aliado de Veneziano.

Ele ocupava o cargo de secretário executivo de Estado do Desenvolvimento e da Articulação Municipal. O mesmo que, dias antes, estava a esposa de Vital do Rêgo, Ana Cláudia, que também teve sua exoneração anunciada.

Na prática, João Azevêdo acerta, pois observa Veneziano como postulante ao Governo do Estado, cuja crise política, por este fator, já vem há muito, e foi vigorada após o encontro do senador emedebista com a cúpula do PT da Paraíba, em especial o ex-governador Ricardo Coutinho. O encontro se deu de forma virtual, na segunda-feira (07).

A gota d’água, Tião e o PT

Foi a gota final para o copo esborrar em água turva. Aliás: ele está cheio. Pingos descem, mas para o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Tião Gomes (Avante), ferrenho opositor de Veneziano, todos os cargos indicados pelo senador devem ser imediatamente retirados.

Tião Gomes, governista, não aceita a postura de Vené e cobra de Azevêdo postura mais dura. Para o parlamentar, o senador traiu o governador, e não pode mais ter uma postura de vice-rei na gestão estadual.

A lógica de Tião é assertiva. E segue uma conduta de Maquiavel: “Aos amigos os favores, aos inimigos a lei”. E a política é construída assim. A arte do diálogo e o preço a ser pago por possíveis infidelidades. O resto, a história conta, com contas e contos.


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