Opinião: Se Veneziano continuar com João não significa que Lula não terá outro palanque

Pelos lances mais recentes do xadrez político, tudo indica que o senador Veneziano Vital do Rego (MDB) vai permanecer no mesmo agrupamento político do governador João Azevêdo para as eleições 2022.

As frenéticas comemorações da mídia em sintonia com o Palácio da Redenção, também tendem a demonstrar que o senador deve ficar onde está. Afinal, a relação de João e Vené trincou, mas não partiu.

Tudo como dantes no quartel de Abrantes?
Como diria seu Ptolomeu ao professor Raimundo: nem tanto, mestre; nem tanto.
Primeiro, a artilharia midiática pronta pra detonar Veneziano recolheu as armas. Balas, agora, só de iogurte…

No mais, a decisão de Veneziano, por exemplo, deixa um sentimento de frustração no ex-governador Ricardo Coutinho, que esperava tê-lo, como candidato a governador, no outro palanque pró-Lula que está montando na Paraíba.

Está claro que Ricardo assumiu com o ex-presidente Lula o compromisso de montar para ele um segundo palanque na Paraíba, visando à campanha presidencial. E, para quem conhece o ex-governador paraibano, sabe muito bem que ele levará o projeto adiante, com ou sem Veneziano.

Ricardo Coutinho está retornando ao PT, com total apoio de Lula, da Direção Nacional e da Direção Estadual do Partido dos Trabalhadores como peça fundamental da engrenagem que vai mover a campanha presidencial petista na Paraíba.

Ricardo volta e não volta só. Vai levando a sua tropa, alguns dos quais com mandato.
Não causará espanto nenhum se, porventura, a qualquer momento surgir uma candidatura a governador do Estado por este agrupamento político que gravita em torno de Ricardo Vieira Coutinho.

RC pode até não conseguir, mas que vai tentar viabilizar uma candidatura própria pelo segmento progressista, não tenham dúvida nenhuma.

E mesmo que não consiga uma candidatura própria, Ricardo montará o segundo palanque para Lula com as lideranças políticas que o acompanham.