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Opinião: os Ribeiro na sucessão da Câmara e Senado, benesses e perigos

A força política do grupo familiar Ribeiro vem aumentando de forma supersônica. E quando afirmo tal fato, é de maneira macro, passando pelo muro baixo da Paraíba para ganhar contorno nacional. E não é pouco, pois Aguinaldo e Daniella –ambos do PP – estão sendo cotados para assumirem a presidência da Câmara e Senado respectivamente.

Caso confirmada tal equação, a pequenina Paraíba será o umbigo do país, podendo haver uma relação direta da bancada federal paraibana com os possíveis líderes, sem ter no caminho do diálogo a interferência de “ordenanças” a serviço de Aguinaldo e Daniella Ribeiro. O trânsito ficaria mais livre, inclusive, para os deputados estaduais e o próprio governador João Azevêdo (Cidadania) em matérias de interesse do Estado que tramitam no Congresso Nacional.

É claro que não falo de benesses particulares ou atos escusos e, sim, um olhar especial das duas Casas para com a Paraíba, embora as outras 26 unidades federativas tenham seu espaço de maneira equânime. Mas é fato: muita força política nas mãos de uma só família, caso venha ser consolidada tal hipótese, pode ser perigoso.

E nesse cenário, outros partidos não irão permitir tal consolidação, pois a concentração de poder em um só clã familiar, de um só Estado, deixaria o coração político-partidário em compasso de samba. Um samba de uma nota só. Paradoxo puro e simples. Uma aparente verdade que pode levar a uma contradição lógica.

A probabilidade do “fenômeno” acontecer é baixa

Bem, as probabilidades são mínimas dos irmãos assumirem as duas Casas. O nome de Daniella Ribeiro entrou na lista dos preferidos do atual presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), por ser do sexo feminino. Seria um “afago” para as parlamentares. Uma espécie de representação das mulheres na corrida sucessória do atual presidente da Casa.

Mas o próprio Alcolumbre, que estava faiscando contra os cotados do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), agora está na mesma frequência do “mito”. Em reunião ocorrida na terça-feira (08) o martelo foi batido, ou pelo menos parece que foi.

Ficou acertado que Alcolumbre ajudará o presidente Bolsonaro a escolher o candidato do Planalto à presidência do Senado. Já o nome de Aguinaldo Ribeiro está mais consolidado, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) trabalha a todo o vapor para fazê-lo seu sucessor, e, consequentemente, derrotar o apadrinhado do Planalto, Arthur Lira (PP-AL).

Prova maior é que Maia formulou uma costura política com o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, antigo partido de Bolsonaro. O liberal pretendia concorrer à presidência da Câmara, mas declinou e apoiará o candidato escolhido pelo atual presidente da Casa.

Segundo informações da CNN Brasil, a contrapartida pelo o apoio de Bivar seria a ida de Aguinaldo Ribeiro para o PSL, já que o parlamentar paraibano está isolado dentro do próprio PP. Agora é observar os desdobramentos dos próximos dias a fim das certezas chegarem e apontarem quem, realmente, está no páreo para a sucessão de Maia e Alcolumbre.

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