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Opinião: o levante do “Sertão” já veio natimorto e é pouco provável que indique o vice de João Azevêdo

O chamado “levante” do Sertão, um movimento encabeçado pelos prefeitos de Sousa e Patos, Fábio Tyrone (Cidadania) e Nabor Wanderley (Republicanos) respectivamente, além da deputada estadual e ex-prefeita de Pombal, Pollyanna Dutra (PSB) ao que tudo indica não terá vida longa.

Os sertanejos buscam colocar um representante da região disputando a vice-governadoria na chapa encabeçada pelo governador João Azevêdo (Cidadania). O chefe do Executivo paraibano buscará sua reeleição nas eleições de 2022.

É verdade que as lideranças sertanejas têm muita força política, mas não há como negar que o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, hoje no PSB, e com malas prontas para desembarcar no Avante tão logo a “janela partidária” seja aberta em 2022, tem vantagem.

E o motivo é simples. A sigla que ele migrará, cuja atual presidência do diretório estadual está nas mãos da sua esposa, Eliane Galdino, possui um poder de fogo forte.

E assim que Galdino ingressar no Avante, a sigla terá a maior bancada governista na Casa de Epitácio Pessoa. Passará a agremiação a ter cinco deputados estaduais. Detalhe: cada um representando uma região paraibana do Litoral ao Sertão.

Já os sertanejos que buscam um lugar ao sol têm alguns problemas que devem minar o sonho em comum. O principal reside na figura de Fábio Tyrone, que já colocou seu nome à disposição para ser o vice de João Azevêdo.

O primeiro empecilho reside no partido. Tyrone é filiado à mesma agremiação partidária do governador, e o chefe do Executivo estadual certamente não arriscará uma chapa “puro sangue”.

Outro obstáculo que diminui a força do “levante” sertanejo está na própria conduta de Fábio Tyrone. Bom gestor, o prefeito de Sousa, na sua vida pessoal, tem um histórico de agressão à mulher e problemas com álcool, o que pode se torna um “telhado de vidro” para Azevêdo, pois a oposição certamente atacará tais fragilidades.

Por essas e outras circunstâncias o sonho do Sertão já nasce natimorto, exceto se outros agentes políticos de peso dêem sustentação ao projeto sertanejo para 2022.


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