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Opinião: O fracasso de Bolsonaro, na promessa de golpe e na gestão, terá reflexos na política da PB

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Senhores bolsonaristas na política da Paraíba repensem as suas apostas.

Os fracassos acumulados pelo presidente Jair Bolsonaro nas suas insanas tentativas de instalar um regime totalitário no Brasil, sem dúvida terão reflexos também na política local.
Bolsonaro não leva uma; só estica a corda, e está se inviabilizando como chefe de Estado e governante cuja convivência com as demais instituições está se tornando impossível.

Os reflexos disso tuto, na Paraíba e nos demais Estados, serão sentidos especialmente depois que o presidente do Brasil declarou (pasmem!) que não vai mais cumprir a lei. Sim, porque quando ele declara que não vai mais cumprir o que for determinado por um ministro do Supremo, ele está dizendo que não cumprirá lei. Porque o ministro tem prerrogativa para tomar tais decisões e, neste caso, representa a mais alta corte e a própria lei.

Além de ter fracassado na promessa de golpe, Bolsonaro fez esta declaração tresloucada, irresponsável e que, por si só, denota que ele não tem a menor noção de relação interinstitucional. Ora, se a maior autoridade do País diz que não vai mais cumprir a lei, deixa claro que, na sua cabeça, não existe mais Constituição, Código Penal ou qualquer outro conjunto de leis. A lei é a sua.

É notório que muita gente – inclusive lideranças políticas e partidos – que ainda tinha algum compromisso com Jair Bolsonaro, agora está repensando; uns, já se declararam fora do barco bolsonaristas; outros pautaram reunião para discutir a relação com o “mito”, como o PSDB, PDT e o PSD.

Em tempo: esta coluna foi escrita antes das reuniões dos partidos e dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

A questão é: não dá pra conviver com um chefe de Estado que, além de ter fracassado na gestão, vive em guerra constante com as instituições. Não funciona a relação e o País vê se esgotar suas possibilidades de retomada dos trilhos dos quais descarrilou desde o golpe parlamentar que tirou Dilma da Presidência.

Menor

Na verdade, Bolsonaro entrou nas manifestações de um tamanho e saiu menor: o público não compareceu à manifestação no tamanho esperado pelo bolsonarismo; Jair não entregou o que prometeu a seus seguidores, que era um golpe, e por ai vai.
E depois de dizer que não respeitará a lei, ai foi que complicou, porque muitos se deram conta de quem temos um desequilibrado na Presidência da República.

Na Paraíba

O bolsonarismo traz problemas para alguns políticos paraibanos. Principalmente para o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, pré-candidato a governador do Estado.
Ora, a essa altura, a marca do bolsonarismo é uma mancha para qualquer candidato majoritário, especialmente neste momento em que Jair Bolsonaro acelera a descida da ladeira no conceito popular.

Romero foi um dos primeiros políticos a apoiar o bolsonarismo. Fez campanha pra Bolsonaro e, provavelmente pensando que o bolsonarismo seria uma onda positiva em ascensão, entrou nessa fria.

A prova do incômodo do bolsonarismo: recentemente, o próprio Romero Rodrigues declarou que estava aberto, sim, à conversações com o ex-presidente Lula. Sinal muito claro de que conjugar o verbo “bolsonorar” não é nada recomendável para um candidato majoritário.

Quando a candidatos às eleições proporcionais, pelo menos a preço de hoje é sugestivo afirmar que a bancada bolsonarista não aumentará, de modo que é muito mais provável que diminua.

Wellington Farias

PB Agora

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