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Opinião: dados do Ibope nada significam se o candidato só for forte na largada

Foto: Reprodução / TV Cabo Branco

E muito já se falou da pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada na segunda-feira (5) referente às intenções de voto em João Pessoa. Li muito sobre o assunto. Observei e a conclusão que tive diz respeito ao dia 15 de novembro, data estipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o primeiro turno.

Efetivamente na Capital paraibana haverá dois turnos. Não há como fugir de tal realidade. E aqui falo de forma certeira, não como um vidente. E nem preciso ser. Basta bom senso. Razoabilidade. Minha observação reside nos candidatos a prefeito.

Outros momentos virão. Isso é certo, havendo o findar em 29 de novembro, dia da queda da “Bastilha” para muitos e redenção para um só em linguagem metafórica.

Entendo que a “Bastilha” foi uma prisão francesa, situada em Paris, que “guardava” dentre tantos outros os opositores à monarquia e contestavam o poder absoluto do rei. Foi ela cessada em 14 de julho de 1789, como um marco da Revolução Francesa, que levou ao fim do regime absolutista.

Agora, história à parte, cairá a “Bastilha”. Haverá a libertação para um e o ostracismo para os demais. E nesse ponto busco chegar: será que, realmente, há na tabela de pontos corridos uma diferença ínfima daqueles que estão disputando de forma acirrada as primeiras colocações? E os últimos na largada? Votos em branco ou nulos cotam?

Bobagem o regozijo de uma vitória que não aconteceu, pois ela reside em fracionados números de pesquisas e no “Mundo das Ideias”. Quem pensar que estará eleito com tais dados, ainda mais numa eleição atípica fragilizada pelo Coronavírus, ou sentir-se perdido no pleito, é mero engano.

E nessas observações vou utilizar a redundância: não há favoritos. Mero engano quem pensar o “Já ganhei!” ou “Já perdi”. Não! Não é isso. A “Bastilha” metafórica ainda não caiu ou ficou novamente de pé com suas fortificações.

Faz-se evidente que aqueles/aquela que ocupam o “grid de largada” continuem na primeira fila. Cícero Lucena (PP): 18%, Nilvan Ferreira (MDB): 15%, Ricardo Coutinho (PSB): 12%, Wallber Virgolino (PATRIOTA): 10%, Ruy Carneiro (PSDB): 7% e Edilma Freire (PV): 5%.

E os outros? Puro cenário? Talvez sim. Mas no segundo turno farão a diferença em relação ao apoio. A “Bastilha” não tomba agora. Temos Raoni (DEM): 2%, Anísio Maia (PT): 1%, João Almeida (SOLIDARIEDADE): 1%. E o que chama a atenção (ou deve) dos candidatos é observar que o eleitor está com fastio. Provas? Aí estão: branco/nulo: 20%, não sabe/não respondeu: 8%.

Em suma: largar na primeira fila não define a corrida. Por isso melhor ajustar todo o carro de competição, pois um parafuso solto fará a diferença e a “Bastilha” cairá. E foi-se o pescoço do rei!

Eliabe Castor
PB Agora

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