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Opinião:  incerteza do resultado das urnas em JP e CG denota uma classe política apática às vésperas das eleições

A incerteza sobre quem conquistará as duas únicas vagas no 2º turno do pleito nas eleições municipais das duas maiores cidades da Paraíba, leia-se João Pessoa e Campina Grande, tem mostrado uma classe política apática, muito distante daquela euforia de pleitos passados.
E não. Não é por conta da pandemia!  É a incerteza de saber quem dos primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto, ou até mesmo um ‘azarão’, têm chances reais de vencer o pleito e ser o próximo prefeito nestas duas ‘metrópoles’.
Em João Pessoa, cidade com o maior número de candidatos, aliados estão rachados entre várias postulações, por exemplo: o governador João Azevêdo (Cidadania) está com Cícero (PP); a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) está com Edilma Freire (PV); o deputado federal Efraim Filho (DEM) está com Raoni Mendes (DEM), parte do PT está com Ricardo Coutinho (PSB) e a outra parte com Anísio Maia (PT). Ruy Carneiro (PSDB) está com PSC, Nilvan com o MDB e os demais na batalha do cada um por si.
Em Campina Grande, não é diferente. Apesar de o número de candidatos ser menos da metade do existente na Capital, a campanha nas eleições desse ano não chegou a esquentar.
A Rainha da Borborema que sempre foi protagonista nas eleições, esse ano virou mera coadjuvante. Até mesmo figuras cativas nas campanhas como Cássio Cunha Lima, Ronaldinho Cunha Lima, Tovar Correia Lima e o ministro Vitalzinho não ganharam tanto enfoque. Ao que parece, o candidato que conquistar a vaga será, em grande parcela, mais por mérito próprio do que pela mobilização dos velhos aliados.
E por que tanta ponderação?
A resposta pode ser estratégica. Para muitos, o comprometimento integral com alguns desses postulantes diante de tanta incerteza pode acabar gerando uma impossibilidade de relações políticas com o futuro mandatário dessas cidades. Como disse uma vez  o escritor Luciano Bianciardi na década de 60 – “A política… há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder”.
Apesar das décadas que se passaram desde então, a política não evoluiu nesse quesito. O pensamento continua atual!
Márcia Dias
PB Agora

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