São 33 partidos políticos no Brasil, até aí nada demais. Vivemos numa democracia onde pessoas e grupos têm o direito de manifestarem suas ideias e opiniões através dos mais variados meios existentes. A pergunta é: Qual o objetivo em sentido de benefícios trazidos à nação por esses inúmeros partidos? A resposta é bem fácil de ser respondida: “quase nenhum”.
São partidos criados por puros interesses e caprichos individuais e de grupos. O Legislativo Federal os criou e lhes outorgou certos mecanismos que favorecem suas existências como: quase sete bilhões de reais por ano que fazem os meninos bobos deitarem e rolarem nesse colchão de riquezas com a desculpa de que já não podem usufruir de ajudas de empresas e de particulares, o que na verdade não é de todo real. Sabe-se que, debaixo dos panos, ainda muita coisa rola em benefício dos mesmos. É uma vergonha. Se o brasileiro fosse instruído quanto a importância do seu voto, o mesmo pensaria 100 vezes antes de depositar a sua consciência nas urnas.
Enfatizarei mais uma vez o que disse o Rei Pelé lá atrás: “O brasileiro não sabe votar”. Eu acrescentaria: “grande parte é ignorante quanto ao valor e importância do seu voto, pela sua baixa educação e por serem preguiçosos em buscar instruções quanto à vida social, moral e política da nação”. E acrescentaria mais: o voto obrigatório também ajuda nesse desmantelo.
Infelizmente, isso vai do mais humilde até aquele que galgou uma educação universitária. O eleitor brasileiro limita-se muitas vezes ao que acontece dentro da nação brasileira e não se preocupa com o que passa no mundo além de suas fronteiras.
As coligações foram suspensas, por enquanto. Fizeram aquele jogo de: “me engana que eu gosto”. Logo tomaram a astuta iniciativa de criarem a “Federação de Partidos”. Por não termos uma lei firme que atue assim que acontece as estripulias dos meninos maus, essa ideia anda à solta e fazendo estragos. A farinhada está a se mesclar ao seu bel prazer, unindo partidos e fazendo o mesmo que a lei havia proibido lá atrás. Em outras palavras; “burla”.
Em vários estados brasileiros vemos uma verdadeira farinhada e na minha querida terrinha, “Paraíba”, não está sendo diferente. Até março e início de abril deste ano, só Deus sabe o que pode acontecer com essas idas e voltas. No máximo, a farinhada pode se tornar uma farofa insossa. Em um de meus artigos, assinalei que o Governador da Paraíba, João Azevedo, tinha tudo para pular fora do seu partido, Cidadania, e procurar refúgio no grupo do Gilberto Kassab (PSD), que de um modo inteligente e perspicaz, vem fazendo estragos nos demais partidos políticos ou tirando líderes dos mesmos, ou levando outros partidos a se associarem ao seu grupo através da recente Federação.
O Governador João Azevedo, ao que parece, está com um pé dentro do PSD, partido do Kassab. Pelos rios onde tem passado, Kassab só pesca peixe graúdo e João é um deles. Até agora, pelo que vemos, Kassab e o seu PSD sairá gigante depois do primeiro turno de 2 de outubro.
Gente, a guerra nesse momento é de vaca desconhecer bezerro, escape quem puder. Quando a poeira baixar, veremos quem saiu ileso nessa feira das cinco da tarde. Se o nosso eleitor usasse um pouco mais a mente e se deixasse ser mais instruído, quem sabe teríamos um final de feira com farinha e carne!
Elcio Nunes
