Opinião: Dois pesos e duas medidas!

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Enfermeiras e enfermeiros, assim como toda gente técnica do ramo de enfermagem merece nossa admiração e respeito, aqui também incluímos as parteiras. Um dos congressistas teve a brilhante ideia no Congresso Brasileiro de estabelecer um piso salarial para esses agentes do bem que trabalham em nossos corpos para nos ajudar a vencer as mazelas que nos atacam durante a nossa existência. São profissionais que se doam as 24 horas do dia e milhares deles amam fazer o seu labor diário ainda enfrentando intempéries da vida e seus próprios problemas pessoais.

O aumento salarial estipulado não é muito diferente do que já recebem atualmente. O piso salarial de um profissional dessa área varia no Brasil entre R$ 2.900 a R$ 4.000 reais indo a uma média de R$ 3.136.50. Somos sabedores que existem patrões exploradores do salário do obreiro e que pagam algo irrisório em muitas cidades de nosso território nacional. O piso salarial de enfermagem vem para pôr ordem de salário a essa categoria tão útil a nossa pátria.

A lei foi aprovada no Congresso Nacional agora em agosto e sancionada há poucos dias pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro. No mês de setembro foi suspensa com uma única canetada do Ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Na verdade Barroso está bem cômodo quanto a seu próprio salário, os demais que se danem. Veja que o piso estipulado pelo Congresso não é gritante. Enfermeiras ganhariam no mínimo R$ 4.750, técnicos de enfermagem, R$ 3.325, auxiliares de enfermagem e parteiras, R$ 2.375.

Essa semana o STF confirmou através de seu colegiado a suspensão do piso firmado pelo Ministro Barroso num placar de 7×4. Contra a suspensão votaram: André Mendonça, Nunes Marques, Edson Fachin e Rosa Weber.

Agora veja a contradição: No mês de agosto o STF lança uma proposta de aumento para seus quadros de 18% com impacto de 1.8 bilhão de reais aos cofres públicos, ”O reajuste do teto do judiciário impactará também os demais poderes, pois elevará o teto salarial do funcionalismo da União”. Tenha certeza que esse aumento dado num momento de crise nacional e internacional será aprovado antes do dia 31 de dezembro de 2022, disso não tenho a menor dúvida.

Que vergonha, que tristeza. Os nossos enfermeiros ficam a ver navios e a contemplar mais uma vez a realidade aplicada da triste frase: dois pesos e duas medidas. O galho mais fraco vem ao chão, o maior e forte fica sorrindo no topo da árvore. Uma coisa é certa: o Deus dos Céus vela por nós.

“Vejam, o salário dos trabalhadores que ceifaram os seus campos, e que vocês retiveram com fraude, está clamando contra vocês. O lamento dos ceifeiros chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos!” Tiago 5.4. (Bíblia).

 

Elcio Nunes
@elciojnunes (Instagram)

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