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Opinião: deputados negacionistas não contribuem com Cícero e Azevêdo

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O ser humano é quase um “objeto”. Objeto complexo que pensa saber pensar. Contudo, nada sabe, ou sabe muito pouco. Existe a bondade, mas as atitudes atrozes que plantou, germinou e frutificou na árvore da maldade reside o descaso; descaso que se transforma em benefício próprio.

Poderia eu exemplificar centenas de tais loucuras mundiais nesta folha digital. Mas isso, penso eu, é em vão. Prefiro escolher a seara paraibana. E aqui os “sorteados” são os homens públicos. Aqueles que deveriam dar exemplo de civilidade, e não postar nas redes sociais loucuras que nem os mais sádicos ousariam pensar.

Vou começar pelo deputado estadual Walber Virgolino (Patriota). Surfou na onda bolsonarista e foi eleito com grande margem de votos. Delegado da Polícia Civil – ainda pensa que está exercendo a função – mas está afastado do ofício por exercer um cargo eletivo. Arrogante, exibe nas suas redes sociais uma foto empunhando algo que defino ser uma metralhadora ou fuzil.

Não importa! Isso não é postura de um parlamentar minimamente sensato. Nem em tempos de guerra vimos grandes estadistas, como o britânico e primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, que era militar, mas não assumia uma posição bélica nos fotogramas da época.

Mas deixo as imagens e concentro o texto nos discursos negacionistas de Virgolino. Amplamente alinhado com o pensamento mais que equivocado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), está “queimado” na sua própria corporação e nas fileiras da Polícia Militar.

Sua retórica está baseada no discurso infantil e ao mesmo tempo tirânico que o mundo está “tranquilo” e não há uma pandemia da Covid-19. Interessante é que ele, em suas postagens, ataca o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) e o governador João Azevêdo (Cidadania). Em uma delas é digna de riso ou preocupação cidadã.

Diz o deputado: “Na ausência do Estado e Município solicitei a criação de um comitê de participação de diversos seguimentos para combater a pandemia”. Como assim? Ele, que prefere portar uma arma em lugar de uma máscara fala em pandemia e ao mesmo tempo nega a própria? Um contrassenso estupendo.

Ah! Lembrei, vi e escutei: acha o nobre deputado que a eficácia da vacina contra a Covid-19 é inócua. Em resumo: prefere a morte que a vida; mas começa a mudar o discurso – já aceitando (agora) que o Brasil está sofrendo, minimamente- com a “pequena gripe”.

Em publicação no seu Instagram, coloca médicos, aliás três – contra todos os órgãos de saúde do município e estado que regulam as estatísticas relativas ao avanço do coronavírus. Diz os profissionais que não existe eminente colapso em um hospital da rede particular de João Pessoa. Que os leitos destinados para a Covid-19 são suficientes para atender a demanda.

Mesmo recomendando a população para seguir os protocolos de segurança, os médicos mostram “tranquilidade”, apesar do aumento exponencial da pandemia em toda a Paraíba, principalmente em João Pessoa.

Cabo Gilberto

Outro parlamentar que vem agredindo, no meu ponto de vista, as esferas de poderes e negligenciando a pandemia é o deputado estadual Cabo Gilberto (PSL). Embora mais moderado que seu colega de Casa, não aceita que o isolamento social é vital para a vida humana. E diz o seguinte: “Depois de um ano de pandemia, ainda insistem nessa estratégia”, pondo a palavra dos mais renomados cientistas e institutos de pesquisa em saúde no mais absurdo xeque mate.

Pede trabalho. Está certo! Mas se o mundo diz para minimizar o contato social e elevar o mesmo em distância segura, despreza a vida e faz apologia à abertura completa da economia – no melhor estilo “Paulo Guedes”.

Tipo: a vida passa. Economia é para hoje! Uma pena. Gostaria que ambos amadurecessem seus discursos.

 

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