“Quem for eleito pelo povo deve manter-se amigo dele”. A frase saiu da mente extraordinária do filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento, Nicolau Maquiavel. Ele é considerado como sendo fundador do pensamento e da ciência política moderna.
Bem, dito tal fato, nota-se que o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), pré-candidato ao governo do Estado, começou a seguir à risca os ensinamentos desse homem de Florença, hoje pertencente à Itália, cuja obra mais emblemática reside no “O Príncipe”, datada de 1513.
Franco e até cruel para muitos, Maquiavel ao longo da sua jornada explicou de forma didática como o Estado e o governo realmente são, e não como deveriam ser. E o ex-prefeito da Rainha da Borborema absorveu a ideia. Prova maior reside nos sinais claros de ruptura com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro está em queda livre no quesito popularidade e é visto por boa parte do Judiciário e Congresso como uma pessoa incapaz de governar o país. E então, quem vai ficar ao seu lado quando a nau, que já começa a afundar, naufragar de uma vez?
Sábio – e aqui evito dizer que Rodrigues é oportunista – entendeu a mensagem do renascentista. Foi eleito pelo povo e administrou por duas vezes a ex-Vila Nova da Rainha com alto índice de popularidade. Então ficar longe dos desejos da população seria cometer haraquiri político.
A fala de Romero e o ódio bolsonarista
Romero Rodrigues, o candidato de Jair Bolsonaro para ocupar o Palácio da Redenção, em entrevista surpreendente à rádio Correio FM, disse não ser obrigado a concordar com tudo que o ex-capitão prega na sua agenda enquanto chefe do Executivo brasileiro.
E mais: está disposto a manter diálogo com partidos que não figurem a base governista nacional, estando nesse leque, inclusive, o PT, lembrando que na sua gestão enquanto prefeito teve auxiliares ligados ao Partido dos Trabalhadores, a exemplo do ex-vereador petista Peron Japiassu.
Declaração deixa a cúpula do Palácio da Redenção preocupada
As declarações de Rodrigues deixaram o alto escalão do Palácio da Redenção preocupado. Tudo isso pelo “simples” fato do PT dar apoio à reeleição de João Azevêdo caso o governador da Paraíba dê respaldo político ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais em 2022.
A preocupação, segundo uma fonte ligada a João Azevêdo, reside na hipótese de Romero Rodrigues sair do berço bolsonarista e migrar para outras plagas, estando no contexto o campo fértil petista e de outros partidos contrários a Bolsonaro. Caso essa mudança de rumo aconteça, o xadrez político paraibano será afetado de maneira macro.
Agora é aguardar e seguir o que o ex-governador e ex-senador por Minas Gerais – Magalhães Pinto disse: “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
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