As condições geográficas da península balcânica, onde as comunicações eram difíceis e o isolamento era comum, são importantes razões para perceber porque os gregos da antiguidade preferiram um sistema de organização política que passou pela criação das chamadas cidades-estado.
Cada uma dessas urbes (ou polis) tinham um sistema de governo próprio, com estruturas econômicas, sociais e militares diferenciadas. Mas isso foi há milênios. Hoje, principalmente com o advento da internet e suas diversas plataformas o isolamento acabou. Não se justifica um governante atuar com suas próprias leis – embora tal expediente seja legal – e discordar de outro por razões meramente ideológicas.
E assim observo com bons olhos o encontro que será efetivado entre o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) e o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (Solidariedade), a ser realizado na quinta-feira (8) no Palácio da Redenção.
A pauta principal será o enfrentamento da Covid-19. Vale lembrar que em dezembro de 2020 os dois gestores se encontraram para discutir sobre o flagelo que a pandemia ditada pelo novo coronavírus abateu o mundo; tentando nas tratativas o prefeito da ex-Vila Nova da Rainha e o governador do Estado buscarem efetivar agenda similar para minorar os avanços da propalada enfermidade.
Na época, Bruno Cunha Lima recuou e não aceitou o plano do governo estadual, preferindo atuar em “dó maior” os ditames para combater a Covid-19. Naquele instante – muito impulsionado por razões ideológicas – pois o prefeito de Campina Grande é abertamente bolsonarista – não aceitou as recomendações da Secretaria Estadual de Saúde.
E a Rainha da Borborema se tornou uma cidade-estado, atendendo, com suas próprias normas sanitárias outros 69 município no combate à pandemia. Algo ilógico, pois todos sabem que um mais um é sempre mais que dois, como disse, em forma poética, Beto Guedes na bela canção intitulada “O Sal da Terra”.
Agora Bruno Cunha Lima retorna para um diálogo com João Azevêdo. A pauta é a mesma de 2020. A pandemia. E como a audiência foi solicitada pelo prefeito de Campina Grande, há boas chances dos dois gestores chegarem a um acordo político que beneficiará toda a população do Compartimento da Borborema e, por extensão, a própria Paraíba, pois as chamadas cidades-estado estão em desuso há pelo menos dois mil anos.
Já a Covid-19 é bem atual. “Solilóquios” não podem ser considerados. Um mais um é sempre mais que dois. Vale relembrar!
PB Agora
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