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Opinião: acerca da proposta de Galdino de um plano para o processo de retomada das atividades

Ainda é duvidoso se já é tempo para se dar início a um processo de flexibilização no isolamento e distanciamento sociais. Não há dúvida, porém, de que é muito oportuna a sugestão apresentada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, no sentido de que, antes de qualquer mudança, os setores da indústria e comércio apresentem um plano de segurança capaz de garantir a proteção da população e dos trabalhadores, contra a Covid-19.

É perfeitamente compreensível a situação de grande dificuldade enfrentada por estes setores produtivos da sociedade, que vêm arcando com enormes prejuízos em decorrência da paralisação quase total dos seus serviços, em função de uma pandemia que afeta o mundo todo. Mas não é razoável que, no tempo devido, estes setores voltem a funcionar do dia pra noite sem que haja um plano de garantia contra a propagação do coronavírus.

A proposta de Adriano Galdino, portanto, é fundamental para evitar que, com uma flexibilização desordenada, possa haver um retrocesso no já complicado quadro de infectados, como também vir a causar novas mortes. Além disso, é extremamente necessário que, no seu devido tempo, a flexibilização seja lenta e gradual.

Projetão

Na sessão remota da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (9), além desta proposta, o presidente Adriano Galdino ainda sugeriu que o Poder Legislativo faça uma ampla discussão para que se elabore um Projeto de Lei Ordinária (PLO) com base no qual também seria feito o processo de retomada das atividades de todos os setores sujeitos às normas atuais de prevenção contra o coronavírus.

No embalo das discussões preliminares, o deputado Jeová Campos sugeriu a realização de uma Sessão Especial na Casa de Epitácio Pessoa para que a questão seja exaustivamente discutida no tocante àquilo que compete aos poderes públicos e a sociedade civil, na retomada das atividades no comércio, na indústria e redes públicas e privadas de educação, saúde e segurança.

Perdendo apoio

Em nota publicada em sua coluna, Dora Kramer publicou que o tenente-brigadeiro Sérgio Xavier Ferolla, ex-presidente do Superior Tribunal Militar, já se posicionou contra insinuações do uso das Forças Armadas para promover ruptura na democracia brasileira.

Segundo a colunista, Ferolla teria dito em tom de crítica ao presidente Jair Bolsonaro: “É inaceitável tentar envolver as Forças Armadas numa ruptura”, disse o brigadeiro em mensagem a amigos publicada no jornalão O Estado de São de Paulo, e na qual aponta o presidente Bolsonaro como o responsável pela geração de crises constantes.

Acrescenta a nota da jornalista: “A manifestação do oficial aposentado da Aeronáutica relembra as recentes reações de militares de alta patente das Forças Armadas dos Estados Unidos que se posicionaram firmemente contra a ideia do presidente Donald Trump de usar os militares para reprimir o protesto pela morte de George Floid”.

Dora Kramer não para por aí: “O brigadeiro Sérgio Ferolla, em sua mensagem, alerta os colegas sobre o risco do envolvimento dos militares com o Governo Bolsonaro”. Segundo a jornalista, o oficial da Aeronáutica teria dito: “As Forças Armadas não pode se meter em política. São instituições de Estado e não de Governo”.

 

Wellington Farias

PB Agora

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