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Opinião: a imprensa sob ataque de Bolsonaro, a Covid-19, o estresse, ansiedade e o fantasma do desemprego

A imprensa brasileira está sob ataque. Só em períodos da ditadura militar (que existiu) e no Estado Novo parido por Getúlio Vargas, profissionais que buscavam a notícia para abastecer de informações o povo brasileiro foi tão ou quase perseguido por um presidente da República, no caso o senhor do churrasco para trinta pessoas, Jair Messias Bolsonaro.

E pior: para ele, o “mandatário”, todos conspiram contra seu governo, até mesmo o Grupo Record e RecordTV, a terceira maior emissora de televisão do Brasil, cujo proprietário é o bispo Edir Macedo, aliado inconteste de Bolsonaro. Em tempo, devo dizer que o inquilino provisório do Planalto suspendeu o churrasco no Alvorada após ironias e recorde de mortes por coronavírus. Ou o pessoal convidado desistiu. Aglomeração de pessoas no Brasil é sinônimo de MORTE.

Até a CNN Brasil, festejada pelos bolsonaristas como um contraponto à GloboNews saiu da condição de “direita” para “comunista” naquele passe de mágica que só eles “percebem”. Tudo em função do atrito gerado na entrevista de Regina Duarte para o canal.

A ex-namoradinha do Brasil se envolveu numa discussão inócua com a atriz Maitê Proença. Achando pouco, a ainda secretária especial da Cultura passou a agredir em palavras os apresentadores Daniela Lima, Reinaldo Gottino e o repórter Daniel Adjuto. Loucura é uma palavra recorrente deste des(governo).

E nesse caldo lamacento nós, que não somos donos dos grupos de comunicação, e sim funcionários bombardeados não só por xingamentos e rompantes de ameaça física e até o próprio ataque físico, estamos no limiar de uma pane em nossos neurônios. Com a pandemia, o mercado de comunicação encolheu. Os anunciantes minguaram. Pessoas estão sendo demitidas em todo o País. A Paraíba não foge à regra. Não só os jornalistas em si, mas todos aqueles que de alguma forma contribuem para chegar a notícia em sua casa.

Agora confesso: estou esgotado emocionalmente. O que era para ser uma catástrofe provocada pela Covid-19, transformou a minha vida e de muitos colegas em uma miscelânea de incertezas, estresse, medo de perder o emprego, ansiedade e muito mais.

Alguns estão recorrendo à terapia para suportar e acompanhar os índices de contágios e mortes decorrentes do coronavírus. Para piorar o quadro, um grupo de seguidores do presidente Jair Bolsonaro está convocando, por vídeo, a “população” para invadir o Congresso e o Supremo Tribunal Federal no próximo domingo (10).

No vídeo, os bolsonaristas afirmam que há um comboio organizado para chegar a Brasília. São 300 caminhões. Segundo o “coronel” faz de conta e apoiador do ato que aparece na postagem, um cidadão de nome Paulo Felipe, que se autointitula criador do grupo “Soldados do Brasil, Voluntários da Pátria”, em completo discurso de ódio, diz que militares da reserva e civis fecharão os poderes. O que duvido!

Agora pergunto: e a imprensa livre poderá registrar o protesto? O ato vai evitar as mortes causadas pela pandemia? Rodrigo Maia, Alcolumbre e membros do próprio Supremo, que não são pessoas para convidar para aniversários de crianças, pois levarão em suas algibeiras pelo menos um brigadeiro, mesmo que seja do ar, garantirão a ordem?

A resposta é não! Pois eles também são a desordem, embora menos severa que o Messias prega não sob, mas sobre as águas. O afogamento seria uma opção para findar a loucura desse homem? Talvez!

Embora esses canalhas façam parte do mesmo jogo de poder do toma lá da cá, estão “segurando” o psicopata do Executivo.

Para os colegas que estarão nestes atos de domingo, recomendo o uso de armaduras medievais ou cotas de malha utilizadas pelos cavaleiros cruzados para minimizar os golpes de espada ou coisas do tipo.

E assim termino o texto, esperando que amanhã o Brasil não acorde numa “guerra civil”, o que não é e é possível.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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