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Opinião: a especulada “maldição bolsonarista” que tem tirado gente da vida pública

Nos círculos de Brasília já se especula a “maldição bolsonarista”, que estaria à mil…

O bolsonarismo só tem dado bons resultados e lucros ao presidente Jair Bolsonaro e aos filhos 01 a 04. A estes, até agora, porque já tem deles envolvidos com a Justiça e, portanto, ainda há possibilidade de também provarem da maldição. Para os demais aliados – e ex-aliados, também – as coisas estão se complicando.

A lista das vítimas começa pelo ex-ministro de Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno, morreu numa casa, em Teresópolis, Região Serrana do Rio, após um infarto. Era, então, pré-candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro; o governador de São Paulo, João Dória, bolsonarista de primeira hora, que fez campanha e panfletagem nas ruas da Capital paulista e apelidou de “bolsodória” a sua dobradinha com o então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro. Hoje, rompido com o ex-aliado, patina nas pesquisas para sucessão do próprio Bolsonaro, e não passa dos 4%.

Continuando com a lista, vem a médica oncologista e imunologista, Nise Yamaguchi, que defendeu os ideais sanitários do governo de Jair Bolsonaro e, de lá pra cá, só tem sofrido um profundo desgaste profissional, sobretudo depois de comparecer à CPI da Covid-19.

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que é processado pelo Ministério Público Federal por haver dado declaração dolosamente ofensivas às comunidades acadêmicas das instituições públicas de ensino superior, entre outras coisas.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, passou a ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por operação da Polícia Federal que mira suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior.

O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que foi forçado a pedir demissão do cargo depois de se tornar a maior lambança da história da diplomacia brasileira.

Tem também o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que foi forçado a pedir demissão do cargo depois de muita pressão do Centrão e de aliados no Congresso. A demissão se deu no pior momento da pandemia.

Frederick Wassef, advogado do presidente Bolsonaro no caso Adélio Bispo e de Flávio Bolsonaro no esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio. Ele foi denunciado por suposto envolvimento em um esquema de corrupção no Sistema S. Afora isso, teve a sua reputação profissional bastante abalada após o seu envolvimento com Bolsonaro.

Também está nesta lista da suposta “maldição bolsonarista” o deputado federal Daniel Silveira, que está em vias de sofrer punição da Câmara Federal, com no mínimo seis meses de suspensão, e até a cassação de mandato. O STF recebeu denuncia contra ele, após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por agressões verbais contra os ministros
do Supremo Tribunal Federal, por incitar a violência para impedir o livre exercício dos poderes Legislativo e Judiciário, e de incitar a animosidade entre as Forças Armadas e o STF.

E mais: o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, bolsonarista de primeira hora, que se elegeu na onda pró-bolsonaro e terminou com o mandato cassado este ano.

Maldição collorida

No período de Fernando Collor de Melo houve uma tal “maldição”, que envolveu tanto aliados do ex-presidente, como os que operaram contra ele.

Exemplos: Pedro Collor, irmão do ex-presidente, morreu de um câncer na cabeça; o tesoureiro da campanha, Paulo César Farias, foi encontrado morto à bala num ambiente reservado ao lado da namorada também assassinada; o ex-governador da Paraíba, Antônio Mariz, relator do processo de impeachment, que se elegeu, mas que morreu dois meses
depois de assumir; Ibsen Pinheiro, que foi presidente da Câmara dos Deputados durante o processo de impeachment, depois foi acusado de enriquecimento ilícito, irregularidades ficais, e teve o mandato cassado; José Guilherme Vilela, advogado do ex-presidente brasileiro Collor e quando da destituição deste em 1992, foi encontrado morto, à facada, juntamente com a mulher, Maria Carvalho Vilela, e a empregada do casal, Francisca,
na casa da família na Capital Federal brasileira.

O senador paraibano, Humberto Lucena, que sofreu um doloroso processo de cassação de mandato, sob a acusação de abuso de poder por haver mandado confeccionar, na gráfica do Senado, 130 mil calendários de parede com a sua publicidade de campanha. Ele e mais quinze parlamentares chegaram a ter mandatos cassados, mas obtiveram anistia mediante aprovação de um projeto de lei de autoria do próprio Congresso e sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

O deputado federal Ulysses Guimarães, vítima de um fatal acidente aéreo em Angra dos Reis, e cujo corpo jamais foi encontrado.

Wellington Farias


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