Faltam pouco mais de 20 dias para a realização das eleições municipais e cada dia é precioso em busca de conquistar novos votos e apoiadores, sobretudo na capital paraibana que possui o maior número de candidatos no páreo na disputa pela prefeitura de João Pessoa, 14 no total.
A essa altura da corrida eleitoral, todos os candidatos já definiram bem suas propostas para os próximos quatro anos de gestão e a partir de agora vão decidir se encaram a cruz do confronto, se posicionando, adotando uma postura incisiva, que muitas vezes é necessária a um líder, ou se vão apostar na espada das propostas, mantendo o foco na administração, numa estratégia paz e amor.
Ficar entre a cruz e a espada não é uma situação fácil. Em tempos de redes sociais, cada passo mal dado pode virar contra si. Por outro lado, apenas ‘cumprir a tabela’ e deixar a bola rolar, não garante crescimento algum. Pelo contrário.
Na última pesquisa Ibope, por exemplo, a candidata Edilma Freire (PV), foi a que maior apresentou crescimento, de 5% para 9%. Já Ruy apresentou queda, enquanto o candidato do MDB, Nilvan Ferreira, estagnou.
A preço de hoje o cenário está apático. O debate começou com a troca de farpas envolvendo Wallber Virgolino (Patritoas), João Almeida (SD), Nilvan Ferreira (MDB), mas esfriou de todos os lados.
Um dos que estaria vivendo o dilema entre se arriscar a um debate mais inciso ou manter o tom propositivo da campanha é o ex-deputado estadual Raoni Mendes, do Democratas. Fontes ligadas ao candidato afirmam que no atual momento há uma espécie de conflito entre sua coordenação de campanha. Parte defende a campanha serena, driblando debates acalorados e focada nas propostas.
Já a outra parte acredita que a marca que fez Raoni o vereador mais votado de João Pessoa nas eleições de 2012 foi justamente a postura incisiva, tomando para si o papel de protagonista. E Raoni, pela força que o DEM tem, ainda não conseguiu sequer se fixar no papel de coadjuvante na campanha.
Segundo o pensador Delva Brito, posicionar-se diante dos acontecimentos é um ato corajoso e, portanto, nobre. Quem não age assim, em dado momento “cai” do lado mais conveniente, revelando um caráter duvidoso.
A campanha está na reta final e quem tiver receio de perder votos por medo de arriscar, poderá deixar de ganhar pelo mesmo motivo.
Márcia Dias
PB Agora
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