Opinião: a “criação” eleitoral de Romero ou uma pedra no caminho?

O advogado Marcos Souto Maior Filho, dentro da sua experiência enquanto ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, abalizou o direito do deputado estadual Moacir Rodrigues (PSL) solicitar licença da Assembleia Legislativa a fim de presidir a Agência Nacional de Águas. A consulta foi feita pelo PB Agora, e assim põe luz à problemática criada pelo irmão do parlamentar, Romero Rodrigues (PSDB), prefeito de Campina Grande.

Pelos ventos que sopraram do cume da Serra da Borborema, o tucano teria criado uma interpretação eleitoral observando que Moacir Rodrigues, caso assumisse o cargo, perderia automaticamente o mandato, o que de fato não é. Souto Maior então desmistificou o imbróglio que o próprio prefeito de Campina Grande “criou” para o irmão.

  E nessas idas e vindas com muitos obstáculos imaginários. Paradas e caminhadas forçadas ou não, o vereador João Almeida pode retornar a sonhar sobre um colchão de molas. Sim, sonhar,  pois, caso seja confirmada a ida de Moacir Rodrigues para a Agência Nacional das Águas, o membro do parlamento mirim de João Pessoa vestirá um novo paletó. Ou terno.

A vestimenta vai depender do estilo do próprio Almeida, pois será alçado  para a condição de deputado estadual por estar na primeira suplência da coligação  Força da Esperança IV.

E nesses tempos de afagos e carinhos, João Almeida, que é filiado ao Solidariedade, teria para si um gesto solidário do seu colega Moacir Rodrigues. Resta aguardar, e entender ao certo, a postura de Romero Rodrigues e sua interpretação eleitoral, pois talvez haja no meio desse caminho muito mais que uma pedra, só para parafrasear Carlos Drummond de Andrade e dar um respingo de poesia nessa confusão.

Eliabe Castor

PB Agora

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