A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas, realizou com a Operação Clone a maior apreensão de veículos roubados no país em uma única operação. Até ontem, foram apreendidos 69 carros clonados e adulterados pela organização criminosa que tinha a participação de três policiais militares, dois despachantes do Detran e um corretor que foi preso em Sertânia-PE. Cerca de 80% dos carros que eles clonavam na Paraíba eram roubados no Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Através dessa operação, a Polícia Civil da Paraíba já prendeu 23 pessoas e, segundo o delegado da Roubos e Furtos, Nélio Carneiro, mais prisões devem ser realizadas. A organização já vinha agindo na Paraíba há oito meses e com a perspectiva de novas prisões, a polícia acredita que mais 20 veículos clonados podem ser apreendidos, com o número chegando a 90 carros.
“O lucro dessa organização com a venda dos carros clonados é incalculável. São somas absurdas que ainda não foram computadas”, afirmou. Os integrantes da organização criminosa agiam da seguinte maneira: eles compravam os veículos roubados por R$ 2 mil, clonavam mudando as placas e adulterando o chassi e vendiam a terceiros, inclusive através de sites de vendas pela internet.
“Muitas pessoas compravam esses carros de boa fé porque a documentação parecia legal. Eles inclusive pagavam o preço de mercado pelo bem que geralmente era vendido de forma direta, ou seja, na rua”, revelou o delegado.
O delegado Nélio Carneiro disse que a prisão do cabo da PM, Luciano Silva, aconteceu após a apreensão de celulares feita na primeira fase da Operação Clone, deflagrada em novembro do ano passado. “Através de uma ordem judicial, o Instituto de Polícia Científica realizou uma degravação e foram ouvidas conversas de Luciano com os integrantes da organização sobre alguns carros roubados”, afirmou.
Redação