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O PT e a trágica trajetória de desencontros

Não se enganem. O PT da Paraíba conseguiu chegar muito longe em termos de representação política no Estado. Aliás, é um fenômeno. Qual é o outro partido que apesar de tanta briga interna, pequenez política e egocentrismo consegue espaços que o PT paraibano conseguiu? Nenhum.

Não fosse um fenômeno o PT da Paraíba seria mais uma legenda de pequeno porte que ajuda a completar coligações em época de eleição. Mas não. O PT da Paraíba tem representação na Câmara, bancada na Assembléia e prefeitos e, agora, até um vice-governador.

Tudo isso obtido num ambiente de extrema falta de bom senso e individualismo exacerbado. Ora, é inegável que o PT é um partido que vive em debate interno. Ora, debate pressupõe acordo. . Mas o problema é que no PT da Paraíba eles nunca se resolvem.

Em nível nacional, o PT sempre discutiu tudo. Até a candidatura de Lula, até então um metalúrgico com desejo de ser presidente. Mas ninguém “rifou” Luiz Inácio, embora houvesse, pasmem, quem tivesse vontade disso.

É necessário que, pelo menos, uma coisa seja consenso dentro do PT da Paraíba. Até agora só a estrela e a cor vermelha. O resto é divergência.

Divergência que fez o PT cometer no início da década a maior de suas burrices: deixar o emergente Ricardo Coutinho ser eleito prefeito de João Pessoa por outra legenda.

E que agora quer fazer o partido perder, sem razão alguma, a vaga de vice-governador na chapa do PMDB para 2010 e, pior, a oportunidade de ser governo da Paraíba.

A pior perda nesta briga do partido que, impressionantemente, ignora a presença de Luciano Cartaxo como vice-governador do Estado, é se excluir por contra própria de ser governo. Ora, pergunte a qualquer legenda no Estado se o sonho dela hoje não seria ser governo.

Neste caso, o PT não criou uma ambiente de convivência entre seus prefeitos e o governo Maranhão e muito menos de colheita dos eventuais louros que a atual administração estadual proceder.

Fossem inteligentes estariam preparando o partido para disputar, em pé de igualdade, a prefeitura de João Pessoa em 2010. O PT da Paraíba, inclusive, parece que tem ojeriza a criar estrelas.

Não está nem adotando a estratégia de sugar o que o governo Maranhão tem de melhor para depois, lá na frente, escolher, como madame em boutique de luxo, o que vai levar.

Tudo porque um grupo de resistência quer a ferro e fogo coroar o Padre Luiz Couto com uma vaga de candidato a Senador na chapa do prefeito Ricardo Coutinho.

O mesmo Ricardo Coutinho que o PT expulsou porque queria Avenzoar Arruda como prefeito.
 


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