Comercial de Fernanda Torres com Havaianas (./Divulgação)
Um político em sã consciência, comprometido com o interesse público e com a responsabilidade social do cargo que ocupa, precisa olhar além da espuma ideológica e enxergar o que realmente está em jogo quando uma campanha de marketing ou um boicote político atinge uma empresa como as Havaianas.
Não se trata de uma marca qualquer. Trata-se de uma empresa brasileira que gera milhares de empregos diretos e indiretos, paga impostos, sustenta famílias inteiras e movimenta a economia nacional — especialmente em regiões onde o salário mínimo não é apenas um número, mas a linha tênue entre a dignidade e a exclusão. Quando se ataca uma empresa desse porte por razões ideológicas, não se fere apenas um CNPJ: fere-se o trabalhador da fábrica, o pequeno fornecedor, o comerciante, o caminhoneiro, a costureira, o pai e a mãe que dependem daquele emprego para colocar comida na mesa.
Um político equilibrado entende que decisões e discursos têm consequências reais. Não é possível celebrar ou estimular ações que resultem em prejuízo econômico como se isso fosse um troféu moral. O dano não fica restrito “aos outros”, aos empresários ou a um suposto inimigo político. Ele se espalha, atinge a base da pirâmide, justamente aqueles que muitos dizem defender em discursos inflamados.
Esse comportamento não é isolado. Já vimos isso antes, quando houve comemoração pela taxação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos, sem qualquer reflexão sobre o impacto direto no agronegócio — setor que, ironicamente, concentra grande parte dos apoiadores de quem comemorava. Faltou visão de conjunto. Faltou pensar no macro, na economia como um sistema interligado, onde uma decisão tomada por revanche ideológica pode custar empregos, renda e competitividade ao país.
A cegueira ideológica é perigosa porque transforma tudo em “nós contra eles”. Mas a economia não funciona assim. O pão de cada dia do trabalhador não tem partido. A dignidade de quem vive do próprio suor não cabe em slogan político. Quando se escolhe atacar símbolos econômicos nacionais apenas para alimentar uma narrativa, perde-se o senso de responsabilidade pública.
E o momento torna tudo ainda mais grave. Em pleno período natalino, quando se celebra o nascimento de Jesus Cristo — símbolo máximo de caridade, empatia e cuidado com os mais vulneráveis — adota-se uma postura que ignora o sofrimento potencial de milhões de famílias. Que espírito natalino é esse que relativiza o desemprego, a insegurança econômica e a angústia de quem depende do salário para sobreviver?
Um político em sã consciência deveria agir com prudência, humanidade e visão de longo prazo. Ideologias passam. Empresas podem quebrar. Empregos podem desaparecer. Mas as consequências recaem sempre sobre os mesmos: os que menos têm. Governar, representar e influenciar não é sobre “eles”. É sobre todos. E, sobretudo, sobre o Brasil real, que acorda cedo, trabalha duro e só pede a chance de viver com dignidade.
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