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Não é culpa de Coutinho

Enquanto os policiais militares se aprontam para deflagrar uma greve geral por tempo indeterminado (fazendo uma discreta e dissimulada greve branca e operação-tartaruga) os servidores públicos “comuns” se queixam de outros problemas, que não foram gerados agora pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), mas herdados de várias administrações anteriores.

A tropa nas ruas

O primeiro ato público de policiais militares e civis, bombeiros militares e agentes penitenciários, está marcado para acontecer nesta terça-feira, dia 11 de janeiro, numa manifestação pacífica pelo cumprimento das Leis de nº 9.245 e nº 9.247 (chamadas popularmente de PEC 300 da Paraíba).

Mobilização pela Internet

A concentração está marcada para ocorrer às 13h, na praça João Pessoa, para em seguida os manifestantes saírem em caminhada pelas ruas do centro da cidade. Eles já possuem inclusive um endereço no twitter para divulgar esse tipo de convocação:

@policiamilitarp

Barracas na praça

Além da operação-tartaruga e da greve branca continuadas na Polícia Militar da Paraíba, o próximo passo dos manifestantes será a paralisação aberta de suas atividades operacionais, incluindo o já tradicional acampamento nas barracas de lona da praça João Pessoa, no centro da cidade, sempre liderado pelo Cabo Modesto.

Bronca também no Ipep

Entre os outros problemas enfrentados pela atual gestão socialista, estão a Policlínica do Ipep, que continua fechada à noite e também aos sábados e domingos. A informação é de que há oito meses a Policlínica do Ipep fechou suas portas para atendimentos de todos os funcionários públicos do Estado, em determinados dias e horários.

Sem plantão médico

Antes, a Policlínica funcionava durante plantão de 24 horas. O ex-diretor do Ipep, Gualberto Chianca, fechou o atendimento médico de urgência e emergência aos funcionários públicos estaduais durante a noite (nos dias de semana) e também aos sábados, domingos e feriados.

Herança do governo anterior

A nova responsável pelo Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores (antigo IPEP), professora Maria da Luz, ainda não teve sequer tempo de solucionar este problema que se vem arrastando há quase um ano, desde o governo passado, de José Maranhão (PMDB).

Gratificação está congelada

Desde março de 2003 (logo no início da gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima, do PSDB) que a Gratificação de Periculosidade está congelada. Quando o Salário Mínimo Nacional era R$ 200,00, o Governo do Estado congelou – na época – a Gratificação de Periculosidade dos funcionários que trabalham educando menores e adultos em conflito com a Lei.

Apelo às novas autoridades

Atualmente, o salário-mínimo estipulado pelo Congresso Nacional está estimado em R$ 540,00. O apelo dos desesperados servidores é endereçado à nova procuradora-geral do Estado, Livânia Farias e também à recém-empossada secretária de Finanças, Aracilba Rocha (ambas lado a lado, na foto acima).

Contas não são pagas

Há sete meses que os precatórios não têm obtido repasse do Governo do Estado junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Desde março de 2010 que o repasse mensal referente ao pagamento devido de precatórios por parte do TJ teve aumento nominal (somente no papel) de R$ 350 mil para R$ 3 milhões, mensalmente.

Na fila de espera

Mas, até hoje os referidos pagamentos não vêm sendo efetuados, visto que o Tribunal não vem recebendo os recursos financeiros necessários para quitação desses compromissos, prejudicando a todos os precatorianos, em especial os que já têm mais de 60 anos de idade.

Problemas no site oficial

Um dos exemplos simbólicos das dificuldades geradas pela falta de transição administrativa em alguns setores governamentais, pode ser ilustrado pelo emblemático problema de falta de atualização do site oficial do Governo do Estado, hospedado no endereço www.paraiba.pb.gov.br, cujo provedor fica sob a responsabilidade da Codata.

Gambiarra tecnológica

A nova Diretora Executiva de Jornalismo da Secom, Marly Lúcio (ex-assessora de imprensa da coligação “Uma Nova Paraíba” durante a campanha política passada), teve que fazer uma espécie de intervenção técnica – leia-se gambiarra informática – para poder acessar livremente os conteúdos e modificar o noticiário do portal, depois de uma longa espera de quase uma semana e ao custo de um grande esforço pessoal.

Até a senha sumiu

O ex-ocupante do cargo dela, Linaldo Guedes, até que tentou ajudar Marly, se oferecendo inclusive para ligar para o novo Diretor de Mídias Sociais & Governo Eletrônico, que é o analista webmaster Xhico Raimerson, mas não adiantou muita coisa, porque mudaram as senhas após aqueles dias de “pausa forçada” (nos últimos minutos do mês de dezembro de 2010) na Codata.

Boicote foi proposital

A Companhia de Dados do Estado ficou muito tempo fora do ar, supostamente por conta de um “defeito” provocado deliberadamente nos instantes finais de mandato do ex-governador José Maranhão, travando todos os sistemas interligados aos computadores centrais do Governo.

Travando todo o sistema

Essa pane suspeita evitou a liberação de R$ 40 milhões para diversas empreiteiras e construtoras, além da não transferência eletrônica do duodécimo referente aos salários da folha de pessoal da UEPB, o que deixou todos os professores e funcionários da Universidade Estadual de Campina Grande sem receberem seus contracheques no prazo estipulado, ou seja, antes da virada do ano, no Réveillon.

Números foram trocados

Na verdade, Marly nunca teve como atualizar o portal e nem perdeu qualquer código secreto, porque ela – com certeza – nunca teve este tipo de acesso confidencial, secreto, restrito e exclusivo aos procedimentos anteriores, até conseguir substituir os antigos números por uma nova senha.


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