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Mulher raivosa e menino rebelde

Tem duas coisas que são difíceis de encarar: uma mulher raivosa e um menino rebelde. De uma só vez, então…

Pois é exatamente o que o prefeito Ricardo Coutinho, numa só noite, identificou no PSB quando soube que Nadja Palitot iria assumir vaga na Assembléia Legislativa e o vereador Bira se posicionou contra suposta filiação do ex-governador Cássio no partido.

De um lado, uma inimiga política ganhando verniz de deputada estadual e, consequentemente, espaços na tribuna e na mídia. Do outro, uma cria política se rebelando.

No caso de Nadja, que chegou muito perto de assumir uma vaga, mas foi impedida na portaria ante a falta de coragem de Guilherme Almeida, proibido de assumir cargo no governo Maranhão, a raiva está fermentada.

Na época, ainda havia um acordo (daqueles prontos para serem quebrados) entre Maranhão e Nadja pra que ela poupasse críticas à gestão municipal. Agora, o acordo parecer ser o inverso. Ela entrar pra infernizar. E isso a advogada Nadja Palitot, senhora de indiscutível eloqüência, sabe muito bem fazer.

Tão ruim pra Ricardo quando Nadja na Assembléia é ver sua cria política, o jovem vereador Bira, ex-porta-voz do prefeito, se rebelar internamente.

O papelão que o vereador Bira fez ontem, ameaçando por questões pessoais uma discussão macro feita em caráter estadual, é digno do filho que rouba o carro do pai e bate no muro do vizinho.

Nos bastidores, comenta-se que o vereador andou meio chateado porque não tem visto do prefeito muito empenho para que ele se torne presidente da Câmara de João Pessoa ou candidato forte a deputado estadual nas eleições do próximo ano.

Soma-se a isso o desejo intrínseco que o vereador tem de virar a liderança de um bloco, pequeno, mas que existe, dentro do coletivo do Mago que resiste à idéia de aliança com forças consideradas conservadoras da política paraibana.

Em outras palavras, é o menino, incomodado com a sombra de Ricardo, querendo criar asinhas para superar o prefeito.

O que representa uma ruptura da primeira lei do poder que diz para o discípulo evitar sempre ofuscar o brilho do seu mestre.

Porque a história tem registrado cabeças cortadas de quem se arrisca a desrespeitar tais preceitos.
 


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