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MST deixa sede do Incra no Rio e diz que instituto só funciona na pressão

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Rio de Janeiro – A Superintendência do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio de Janeiro se comprometeu a vistoriar 20 áreas rurais apontadas como improdutivas no estado até o final do ano. De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o compromisso pôs fim à ocupação da sede do órgão, no centro do Rio.

Cerca de 300 manifestantes fizeram uma vigília de dois dias na porta do instituto para pressionar por medidas em favor da reforma agrária. De acordo com o representante do MST no Rio, Marcelo Durão, nos últimos cinco anos, o governo federal não avançou na questão e, no estado fluminense, nenhuma das 800 famílias acampadas do movimento foi assentada em 2009.

“A reforma agrária não anda. Por isso, voltamos ao Incra. Nós, assentados, costumamos dizer que o Incra é igual a galo velho, só cozinha na pressão. Então, só com pressão, o Incra pelo menos se coloca à disposição para fazer alguma coisa”, afirmou Durão, ao destacar que a ocupação fez parte da Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária.

A maioria das áreas improdutivas que deve ser vistoriada fica no norte fluminense, próximo ao município de Campos dos Goytacazes. De acordo com Durão, são fazendas onde foi flagrada a prática de trabalho escravo ou onde há usinas falidas e abandonadas de cana-de-açúcar.

O representante do MST também informou que o Incra se comprometeu a melhorar estradas, abrir poços, disponibilizar assistência técnica e liberar crédito para a prática agroecológica. O andamento das medidas será novamente avaliado em uma reunião, em maio.

“Nesse prazo, vamos vendo se será necessária mais uma ocupação ou se o Incra vai conseguir colocar em prática o que acertou com a gente”, avisou Durão. Procurada, a superintendência do Incra não atendeu as ligações da Agência Brasil.

A Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária ocorre todo ano no período de abril para cobrar ações do governo e lembrar do conflito, há 14 anos, em Eldorado dos Carajás (PA), quando 19 lavradores foram mortos em confronto com a Polícia Militar.

 

R7

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