Categorias: Política

MP Eleitoral defende cassação de André Coutinho e Vitor Hugo em Cabedelo, mas livra vice de inelegibilidade

PUBLICIDADE

A Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba (PRE-PB) se manifestou neste sábado (20) pela manutenção da decisão que cassou os mandatos do prefeito de Cabedelo, André Coutinho, e do ex-prefeito Vitor Hugo Castelliano, além de outros aliados, por suposto esquema de compra de votos nas eleições de 2024.

O parecer, assinado pelo procurador Renan Paes Félix, reforça a condenação por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, mas retira a punição de inelegibilidade aplicada à vice-prefeita Camila Holanda, por não haver provas diretas de sua participação nas irregularidades.

A investigação teve origem na Operação En Passant, deflagrada pela Polícia Federal em outubro de 2024. As apurações apontaram um suposto esquema envolvendo distribuição de cestas básicas, promessas de cargos comissionados e até repasses em dinheiro a eleitores. Parte do grupo teria ainda buscado apoio de familiares de presos ligados à facção criminosa conhecida como “Tropa do Amigão”.

Em primeira instância, a juíza Thana Carneiro Rodrigues, da 57ª Zona Eleitoral, determinou a cassação dos mandatos de André Coutinho e Camila Holanda, além de tornar inelegíveis, por oito anos, Vitor Hugo, o vereador Márcio Silva e a ex-servidora Flávia Santos Lima Monteiro. O Ministério Público, no entanto, agora defende que a inelegibilidade de Camila seja afastada, mantendo apenas a cassação do cargo.

Provas do esquema

Segundo a Procuradoria, documentos apreendidos na Prefeitura de Cabedelo e no endereço de Flávia Monteiro revelaram indícios robustos de compra de votos, como listas de distribuição de cestas básicas, cópias de títulos eleitorais e registros de transferências bancárias. Interceptações telefônicas e depoimentos também foram usados para embasar a denúncia.

Defesa dos acusados

Os investigados recorreram da decisão inicial, alegando falta de provas e nulidades no processo. A defesa de Márcio Silva argumenta que não há indícios concretos de participação dele no suposto esquema. Já André Coutinho e Camila Holanda sustentam que as provas apresentadas têm origem em inquéritos criminais e não poderiam ser utilizadas em ações eleitorais.

O caso segue agora para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que decidirá se mantém ou não a cassação dos mandatos e a inelegibilidade dos envolvidos. As informações são do portal Jornal da Paraíba.

PB Agora

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Advogado e coach é encontrado morto em cela do Presídio do Valentina

O advogado e coach Gabriel Paiva Cortez foi encontrado morto na noite dessa quarta-feira (17),…

18 de dezembro de 2025

Gleisi Hoffmann anuncia que Lula vetará PL da Dosimetria aprovado pelo Senado

A ministra da SRI (Secretaria de Relações Institucionais) Gleisi Hoffmann, afirmou em pronunciamento na rede…

18 de dezembro de 2025

Nova fase de operação contra fraudes no INSS mira senador e cumpre mandado em João Pessoa

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (18), uma nova…

18 de dezembro de 2025

PF e PMPB deflagram ação contra grupo que usava aviões para transportar droga

Uma operação conjunta da Polícia Federal com apoio da Polícia Militar da Paraíba, por meio…

18 de dezembro de 2025

PRF cumpre mandado de prisão por tráfico de drogas durante fiscalização no Sertão

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) cumpriu um mandado de prisão na noite dessa quarta-feira (17),…

18 de dezembro de 2025

Polícia prende integrante da ‘Gangue da Mounjaro’ após assaltos a farmácias em JP

A Polícia prendeu, nessa quarta-feira (17), um dos integrantes da chamada 'Gangue da Mounjaro', grupo…

18 de dezembro de 2025