O delegado Hugo Hélder, titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios), recebeu a imprensa no início da tarde desta segunda-feira, 18, e contou alguns dos detalhes do assassinato do taxista de 42 anos, morto a tiros por um corretor de imóveis, após uma discussão banal de trânsito. Um dos fatos revelados foi a perspectiva do motorista de Uber que conduzia o corretor até em casa.
Segundo o delegado, o motorista que levava o suspeito se disse surpreendido pela atitude do passageiro.
“Ele era motorista de aplicativo e havia prestado esse serviço outras vezes para ele, mas ficou surpreso porque não esperava que Gustavo agisse daquela maneira”, ressaltou.
Ainda conforme o delegado, sequer houve discussão entre taxista e corretor, já que o vidro do carro não foi baixado. O que pode ter havido foi apenas um gesto por parte do taxista, o que não justifica em nada a reação violenta do responsável pelos disparos.
Na coletiva, também foi explicado que o motorista era amigo de Gustavo, mas no momento do crime prestava serviços de motorista de aplicativo para o suspeito. "Em depoimento ele disse que conhecia o homem há alguns meses, mas naquele dia estava como Uber. O motorista também relatou que Gustavo tinha ingerido bebida alcoólica durante todo o dia e havia frenquentado vários bares", esclareceu.
SEIS TIROS
A perícia feita pela polícia confirmou que o taxista Paulo Damião dos Santos, de 42 anos, foi assassinado com seis tiros. Dois desses disparos transpassaram o corpo da vítima. A arma foi um revólver calibre 38, mas ainda não foi encontrada, embora os policiais tenham realizado várias buscas. Significa, portanto, que o suspeito descarregou toda a munição na vítima.
A polícia acredita que o suspeito pode ter se desfeito da arma antes mesmo de chegar em casa, que fica a cerca de 50 metros do local onde o fato ocorreu. Entretanto, para o delegado, as imagens não deixam dúvidas sobre o assassinato.
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