Nem 2012, nem 2014: marqueteiro elege posse de Cássio no Senado como ‘pedra de toque’ da política da PB
Em um momento em que o Brasil respira política com vistas às eleições municipais de 2012, e até mesmo com vistas à sucessão estadual em 2014, na Paraíba a ‘pedra de toque’ ainda é a posse do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) no Senado Federal. A análise é do marqueteiro Carlos Alberto de Oliveira.
Apesar de admitir a existência de estratégias já sendo postas em prática, o marqueteiro ressalta que as definições e articulações para o próximo pleito só terão o ‘martelo batido’ após a solução da situação de Cunha Lima.
“É evidente que já estão se armando conjecturas com as suas particularidades para 2012, não só aqui na Paraíba, mas em todo país, no entanto, hoje aqui em nosso Estado a pedra de toque, o calcanhar de Aquiles da nossa política, é a posse de Cássio no Senado, enquanto isso não for definido, as conjecturas não se firmarão”, falou.
Carlos Alberto explica ainda o porquê desse fator – posse de Cássio – tem o poder de mudar a história da política da Paraíba nos próximos anos. Segundo o marqueteiro, a posse do mandato dará a Cássio automaticamente a responsabilidade de retribuir os votos aos seus eleitores.
“Essa posse de Cássio vai mudar tudo porque vai descentralizar a política da Paraíba, que hoje praticamente não tem oposição. Hoje dá pra fazer um coquetel político e com Cássio tendo um mandato, ou seja, também estando no poder, tudo tende a mudar”, argumentou.
SEGUNDA PEDRA DE TOQUE
A autonomia partidária de Rômulo Gouveia (PSDB), agora presidente estadual do PSD paraibano também é visto pelo marqueteiro como um fator surpresa e merece a colocação de ‘segunda pedra de toque’ da política paraibana.
“A saída de Rômulo de debaixo das asas de Cássio era algo que ninguém esperava. Ele era um seguidor do tucano, praticamente um pau pra toda obra e de repente sai do partido de Cássio para se juntar com o PSD, partido este que está intrinsecamente ligado ao PSB de Ricardo Coutinho”, explicou.
Para o marqueteiro, esse PSD será uma espécie de PMDB (2), porque fará o papel que o PMDB faz hoje junto ao Governo Dilma.
OPOSIÇÃO
Conhecido marqueteiro político, Carlos Alberto ainda aproveitou para alfinetar o que classificou de inoperância das oposições na Paraíba. “A exceto de Cícero Lucena (PSDB), Manoel Júnior e Gervásio Maia, ambos do PMDB, a oposição ainda não disse a que veio. O restante anda na muda”, falou.
MERENDA
Carlos Alberto não deixou de comentar a polêmica da merenda nas escolas municipais da prefeitura de João Pessoa. Para o marqueteiro, Luciano Agra (PSB) utilizou a estratégia mais fraca para se defender sobre a polêmica.
“Foi adotada a estratégia mais fraca. Devia ter uma resposta mais fundamentada. No caso de João Pessoa, foi mostrada uma merenda que teria sido jogada no lixo pelos alunos por que eles não gostaram do sabor e isso foi uma questão de cozinheira”, finalizou.
2º TURNO NA DISPUTA PELA PMJP
Para Carlos Alberto, ainda é cedo para se falar em candidatos a prefeitura de João Pessoa em 2012, já que nenhuma candidatura foi posta oficialmente
“Nós não sabemos quem serão os candidatos e quais as alianças que serão formadas, por isso não tenho a menor idéia se haverá segundo turno na Capital”, disse.
Acordos brancos ou formais serão firmados e no máximo dois a três candidatos se colocaram na disputa pois uma campanha custa cara. “Não basta o querer, tem que pesar o fator financeiro”, disse.
A entrevista do marqueteiro foi veiculada no programa CBN João Pessoa, nesta terça-feira (10)
Márcia Dias
PB Agora
