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MALVINAS: CMCG realiza sessão especial para marcar 32 anos do bairro

MALVINAS: CMCG realiza sessão especial para marcar 32 anos de bairro mais populoso

Um dos bairros mais populosos de Campina Grande, o Conjunto Habitacional Álvaro Gaudêncio mais conhecido como Malvinas, está completando 32 anos. Fundado a partir da ocupação de um grupo de moradores, o bairro cresceu e se transformou em uma espécie de “cidade” dentro da Rainha da Borborema.

Para marcar a data, a Câmara Municipal realizou nesta segunda-feira, 06, uma sessão especial. Presidida pelo vereador Pimentel Filho, a a sessão, aconteceu na sede da Associação de Moradores do bairro, e contou com as presenças dos vereadores, presidente e ex presidentes da associação de moradores,, lideres comunitários e representantes da população.

Durante a sessão, os vereadores destacaram a importância do bairro das Malvinas para Campina Grande. Pimentel Filho ressaltou ainda a coragem e a determinação da população que na luta pela moradia resolveram invadir as casas ali construídas, mesmo sem ter a infraestrutura adequada para moradia.

Ele destacou também que “o povo que luta por uma causa justa sempre vence”, afirmando que foram muitas as dificuldades enfrentadas, como por exemplo: falta de água, energia, além de fechamento de todos os acessos.

O vereador João Dantas fez uma retrospectiva dos problemas enfrentados naquela época pelos que invadiram o Conjunto Habitacional, lembrando que os mesmos sofreram todas as dificuldades e ainda tiveram que enfrentar a repressão policial.

João disse ainda que, como vereador, naquele período, presenciou e ajudou a solucionar muitos dos problemas enfrentados pelos invasores.
As Malvinas é um bairro brasileiro localizado na zona oeste da cidade de Campina Grande, e tem uma população superior a 80 mil moradores, número semelhante à população de cidades como Guarabira, Souza, Cajazeiras e pequenas ilhas e países do Caribe.

O bairro nasceu no início da década de 1980, quando as casas do conjunto habitacional Bodocongó II, intitulado por Conjunto Álvaro Gaudêncio, começavam a ser construídas pela CEHAP (Companhia Estadual de Habitação Popular), seguindo ordens do então governador Wilson Braga, que na ocasião havia conseguido verbas do governo federal para este fim. Ao término das construções, no início de 1983, o Conjunto não apresentava infra-estrutura (água, luz, esgoto sanitário) para que fossem entregues as casas, por meio de sorteio, aos servidores estaduais devidamente cadastrados.

Em 1983, a CEHAP começou a cadastrar as pessoas. Em seguida, por reivindicação dos moradores, foi instalada a rede elétrica, seguida da rede de água e esgotos, fazendo com que o Conjunto tivesse a infraestrutura mínima para que pudesse atender os moradores. Na mesma época da invasão (1983) estava acontecendo um conflito militar nas Ilhas Falkland, popularmente conhecidas como Ilhas Malvinas, localizadas ao extremo sul da América Latina, daí a origem do nome do bairro: Malvinas.

No dia 23 de março de 1983, iniciou-se a invasão das casas por pessoas não cadastradas na CEHAP, que alegavam abandono das casas e que portanto estariam naquele momento apossando-se das mesmas. Na tentativa de impedir a invasão, foi formado um cerco policial que não obteve resultados positivos. Naquele instante, o então governador ordenou que as forças policiais impedissem que mais pessoas entrassem no conjunto, que até então ainda estava cercado (com arame farpado) e só existia uma única entrada (por meio de uma espécie de "porteira").

PBAgora

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