“Mais vale um passarinho na gaiola do que dois voando”: a lição que Nilvan Ferreira deveria aprender com Romero e Cartaxo

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Tem um ditado que diz mais ou menos assim: “O tolo nunca aprende, o inteligente aprende com seus erros e o sábio aprende com os erros dos outros.” No cenário político paraibano, poderemos logo saber qual é o caso do comunicador e pré-candidato a prefeito de João Pessoa, Nilvan Ferreira (PL).

Se ele for sábio, poderia aprender com os erros de tantos políticos que insistem em disputar cargos com poucas chances de vitória, nunca ganham e consequentemente perdem capilaridade e caem no ostracismo, ou poderia aprender com exemplo dos deputados Romero Rodrigues (Podemos) e Luciano Cartaxo (PT) – um federal e o outro estadual.

Comecemos pelo caso de Romero, que foi prefeito de Campina Grande por oito anos (2012 a 2020) e, em virtude de sua boa avaliação ao deixar o cargo, foi tido como o nome favorito da oposição ao governador João Azevêdo (PSB) para melar os planos de reeleição do gestor socialista. Porém, ele não trocou o certo pelo duvidoso: rejeitou o cavalo selado e preferiu uma campanha com vitória certa para a Câmara dos Deputados. Não deu outra: foi o 5º mais votado com 114 mil votos.

Outro que fez uma leitura muito boa da sua força política no período eleitoral foi o ex-prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PT), que também ficou 8 anos como gestor municipal e saiu também bem avaliado do cargo. Sem a máquina da maior prefeitura da Paraíba trabalhando a seu favor, entendeu que o momento era de colocar os pés no chão e se candidatou a deputado estadual. A escolha foi certeira: com apenas 22 mil votos, foi o 34º mais votado, num total de 36. Se tivesse ousado ser candidato a governador, senador ou deputado federal, o fracasso seria mais do que certo.

Voltando ao caso de Nilvan, ele tentou ser candidato a prefeito de João Pessoa em 2020 e, apoiado na retórica bolsonarista, conseguiu uma votação muito expressiva, que lhe garantiu uma vaga no 2º turno. Por muito pouco não conseguiu a vitória. Em 2022, se aventurou numa disputa pelo Governo do Estado e desta vez não conseguiu ir ao 2º turno, mesmo tendo ‘surfado’ na crista da onda da polarização Lula x Bolsonaro. Alguém duvida que em 2022, se ele tivesse se candidato a deputado federal, a vitória era certa?

Em 2024, a chance dele ser eleito prefeito da Capital fica menor a cada dia, já que ele deve dividir a base bolsonarista com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) e ainda ter que buscar um novo partido que lhe garanta fundo partidário, tempo de TV e autonomia para que ele forme uma chapa forte para a disputa.

E cada eleição que ele perde, a sua força política vai diminuindo. Vai perdendo espaço, vai perdendo relevância, vai deixando de ser chamado pela imprensa para dar entrevistas… A militância começa a aderir a outros nomes em evidência por exercício de algum cargo.

Se Nilvan quiser sair do ‘quase’ e preencher o seu currículo com alguma experiência política concreta, e evitar que caia no esquecimento, ele tem que descer do salto, compreender o seu tamanho político e entender que é melhor um passarinho na gaiola do que dois voando.

 

Feliphe Rojas
PB Agora

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