O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (5), que o governo federal vai investigar a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes. Em entrevista, Lula criticou a forma como a ação foi conduzida e classificou o episódio como uma “matança”.
“Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança. E houve uma matança. Do ponto de vista da ação do Estado, foi desastrosa”, disse o presidente, ao defender que excessos cometidos pelas forças de segurança precisam ser apurados.
A declaração gerou reações no meio político. O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) rebateu duramente o posicionamento do presidente e afirmou que o país atravessa “o pior momento da segurança pública de sua história”.
“Enquanto o governo critica quem combate o crime, o Brasil vive o pior histórico de insegurança. O cidadão de bem está acuado e o bandido cada vez mais protegido”, afirmou o parlamentar, em referência às declarações de Lula.
A operação no Rio, uma das mais letais já registradas no estado, continua repercutindo nacionalmente e levantando debates sobre os limites da atuação policial e a responsabilidade do Estado em ações de combate ao crime organizado.
